1.21.2015

Brasil constroi 5 submarinos

 
Quatro embarcações convencionais e um nuclear vão trazer mais tecnologia e proteção ao País
A construção dos submarinos brasileiros, entre eles um nuclear, vai promover desenvolvimento científico e tecnológico. Além disso, trará benefícios nas áreas de geração de energia elétrica, desenvolvimento de novos materiais, produção de radioisótopos para medicina e irradiação de alimentos para conservação.
Essa é a avaliação do coordenador geral do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), do Ministério da Defesa, o almirante Gilberto Max. Segundo ele, o País alcançará uma capacidade que poucos países no mundo têm.
“Ao final desse programa, o país terá adquirido um conhecimento tecnológico muito grande para a nossas indústrias e universidades”, garante o almirante.
A construção dos quatro submarinos convencionais demandará a cerca de 100 empresas brasileiras a fabricação, para cada uma das embarcações, de mais de 36 mil itens, o desenvolvimento e integração de sistemas, treinamento e suporte técnico.
A primeira das quatro embarcações deve entrar em operação em 2017 e a quarta deve ser entregue em 2023. A construção do submarino de propulsão nuclear (SN-BR) vai começar em 2016 e deve ir até 2023. Depois de passar por testes, entrará em operação pela Marinha do Brasil, em 2025.
Além da produção da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), em operação desde 2013, está em construção um complexo de Estaleiro e Base Naval (EBN), no Rio de Janeiro, que permitirá a construção de dois submarinos simultaneamente.
De acordo com a Marinha, na construção dos cinco submarinos serão criados 5,6 mil empregos diretos e 14 mil indiretos. O programa social do Prosub, da região de Itaguaí (RJ), para a formação de mão de obra, formou 438 profissionais entre soldadores, eletricistas, pedreiros, ajudantes, armadores, montadores e carpinteiros.
Os submarinos serão empregados na defesa dos cerca de 10 mil quilômetros da costa brasileira. Segundo a Marinha, a chamada “Amazônia Azul” tem uma área de 3,6 milhões de quilômetros quadrados, equivalente à superfície da floresta amazônica. Caso a Comissão de Limites da Organização das Nações Unidas (ONU) atenda o pleito brasileiro de expansão de fronteira marítima, essa área passará para 4,4 milhões de quilômetros quadrados.

Por Guilherme Ferreira,


“O veículo será totalmente projetado e construído no país. Segundo a revista especializada britânica “Jane’s”, o Brasil precisará de três anos para traçar o esboço e outros seis anos para fabricar o submarino.

Por Nadéjda Jurba, da "Gazeta Russa"

Durante visita recente ao “Centro Experimental Aramar” (CEA), responsável pelo projeto de submarino nuclear brasileiro, o Vice-Presidente da República Michel Temer disse que o primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear será colocado em operação em 2025, após três anos de testes.

As autoridades brasileiras já haviam anunciado o programa de submarinos nucleares de fabricação nacional em 2008, segundo o qual serão construídos cinco veículos. A estimativa é que cada submarino custe em torno de US$ 565 milhões.


Eles serão utilizados exclusivamente para a proteção das reservas de petróleo marítimas e das plataformas de prospecção do território nacional.

Se o projeto de submarino nuclear brasileiro vier a ser concretizado, o Brasil será o sétimo país do mundo a possuir uma frota submarina nuclear.

Eles possuem economia crescente. Ao aumentar seu potencial militar, o país olha para o futuro e reivindica posição geopolítica entre os principais atores globais”, acredita o comentarista militar da rádio “Voz da Rússia”, Iliá Krâmnik.

O especialista afirma, ainda, que o Brasil tem interesses na África e, hipoteticamente, na Antártida, opinião compartilhada pelo especialista Víktor Litóvkin.

Usar um submarino nuclear para a exploração da Antártida é muito arriscado, mas por outro lado, não devemos subestimar as ambições do Brasil de ser superpotência regional”, assinala Litóvkin.

Projetos de expansão semelhantes podem surgir, também, na África do Sul, Coreia do Sul e no Irã, acredita o especialista. Entretanto, o vice-comandante da Marinha iraniana, Abbas Zamin, declarou em junho que seu país é capaz de construir 12 submarinos nucleares, colocando supostamente à prova os interesses brasileiros.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Os submarinos de guerra são divididos em três tipos: os de funções múltiplas (SSN), os porta-mísseis estratégicos (SSBN) e os portadores de mísseis de cruzeiro (SSGN).

O SSGN é uma tecnologia utilizada exclusivamente pela Rússia e pelos EUA, mas esses países não negociaram com o Brasil a entrega de protótipos ou amostras do gênero.

Assim, a hipótese mais provável é que “Centro Experimental Aramar” construa um submarino nuclear de funções múltiplas armado com torpedos com auxílio tecnológico da França.

Como base do futuro submarino brasileiro de propulsão nuclear, será provavelmente utilizado o submarino diesel francês Scorpène”, alega o comentarista militar Iliá Krâmnik.”


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