Por: Agência PT, em 28 de julho de 2015 às 20:15:23
Os
investimentos públicos federais com políticas e programas voltados para
crianças e adolescentes aumentou 50% na primeira gestão da presidenta
Dilma Rousseff, quando comparada ao último ano do governo de Luiz Inácio
Lula da Silva. Em 2010, o Orçamento Criança (OCA) representou 9,93% do
orçamento aplicado pelo governo federal. Em 2013, o índice saltou para
17,9%.
No ano
passado, o OCA recebeu R$ 372,89 bilhões, 15,3% do total de despesas
liquidadas. Significa dizer que, para cada R$ 100 milhões gastos no
País, R$ 15 milhões destinavam-se a meninos e meninas. Em 2012, o índice
foi de 15,9%.
Os dados
foram fazem parte do relatório “Um Brasil para as crianças e os
adolescentes”, realizado pela Fundação Abrinq e parceiros, lançado nesta
terça-feira (28).
Entre 2011
e 2014, houve 14 programas federais com foco na saúde infantil, materna
e de adolescentes; ampliação da rede de esgotamento sanitário e de
acesso a moradias. As áreas de cultura, educação, lazer e esporte
contaram com 25 programas, e a proteção social, como foco na prevenção
da violência, maus-tratos e abusos, 14 programas.
De acordo
com o documento, as ações “sinalizam para a continuidade de uma agenda
política de priorização das questões sociais, fortalecidas desde a
primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003”.
O
relatório ressalta o foco no primeiro governo Dilma na pauta da
erradicação da miséria e redução da pobreza, com destaque para o Plano
Brasil sem Miséria. Constam ainda no relatório dados anteriormente
divulgados, como a quase universalização do acesso ao ensino
fundamental, o reconhecimento da política de combate à Aids, com a
redução das transmissões verticais – de mãe para filho.
No
entanto, a Abrinq alerta que, para alcançar avanços mais significativos,
inclusive com a diminuição de disparidades regionais, o governo deveria
dobrar o total de investimento no OCA.
“Considerando
que crianças e adolescentes representam 31% da população brasileira,
seria o mínimo exigir que esse mesmo percentual fosse gasto com crianças
e adolescentes”, aponta.
O relatório –
O monitoramento faz parte do projeto Presidente Amigo da Criança e
reúne informações sobre políticas consideradas chave para o
desenvolvimento de crianças e adolescentes.
“Analisamos
o comportamento dos indicadores sociais e registramos – entre os
grandes desafios – a entrega de mais creches e a redução no volume de
recursos repassados à faixa etária da infância”, detalha o presidente da
Fundação Abrinq, Carlos Antonio Tilkian. Em 2014, o OCA sofreu uma
queda em relação ao ano anterior, atribuída pela Abrinq à desaceleração
econômica.
O
relatório foi feito em parceria com a Rede de Monitoramento Amiga da
Criança, formada por 20 organizações sociais, que, desde 2003,
acompanham os avanços das metas nas áreas de educação, saúde e proteção
no âmbito federal descritas no documento internacional Um Mundo para as
Crianças, elaborado pela ONU e assinado pelo Brasil em 2002.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias
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