Vacina foi aplicada em mais de 4 mil pessoas.
Vacina pode ajudar a acabar com epidemia no oeste da África.
Uma vacina contra o ebola desenvolvida em tempo recorde se mostrou 100%
eficaz contra o vírus mortal em um grande estudo feito na Guiné e agora
pode ser usada para ajudar a acabar com a epidemia no oeste africano,
afirmaram pesquisadores internacionais independentes nesta sexta-feira
(31).
Os resultados do estudo, que testou a vacina desenvolvida por Merck e NewLink Genetics em mais de 4 mil pessoas que estiveram em contato próximo com um caso de ebola confirmado, mostrou que a vacina deu 100% de proteção depois de 10 dias da aplicação.
O estudo foi publicado nesta sexta na revista britânica "The Lancet" e afirma que a vacina VSV-EBOV poderia ser "altamente eficaz em prevenir a doença do vírus ebola".
O vírus infectou 27.748 pessoas e matou 11.279 desde o ano passado no
oeste da África. A epidemia do ebola na África Ocidental teve início no
sul da Guiné, em dezembro de 2013. Trata-se a maior crise desde a
identificação do vírus em 1976.
Mais de 99% das vítimas se encontram na Guiné, Serra Leoa e Libéria.
Resultado promissor
Especialistas em saúde descreveram os resultados como "notáveis" e "virada no jogo".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o resultado como "extremamente promissor" e disse que "são necessárias mais evidência conclusivas para a capacidade de proteger as populações contra o que é chamado de 'efeito rebanho'". Para isso, a autoridade regulatória da Guinea aprovou a continuação dos estudos, diz a OMS em comunicado.
"O crédito vai para o governo da Guiné, as pessoas que vivem nas comunidades e nossos parceiros neste projeto. Uma vacina eficaz será mais um instrumento muito importante para os atuais e futuros surtos de ebola", disse em comunicado a diretora-geral da OMS, Dr. Margaret Chan.
Depois, em coletiva de imprensa, afirmou: "Esta vai ser uma virada de jogo", disse ela a jornalistas. "Vai mudar a gestão do atual surto de Ebola e de futuros surtos".
"Acreditamos que o mundo está prestes a ter uma vacina eficaz contra o Ebola", disse a especialista em vacinas Marie Paule Kieny, da OMS, em uma entrevista à imprensa em Genebra.
Jeremy Farrar, um especialista em doenças infecciosas e diretor da fundação Wellcome Trust, que ajudou a financiar o estudo, disse que os resultados foram "notáveis".
"Esse estudo se atreveu a usar um projeto altamente inovador e pragmático, que permitiu à equipa na Guiné avaliar esta vacina no meio de uma epidemia", disse em comunicado.
"Nossa esperança é que esta vacina ajude agora a acabar com essa epidemia e esteja disponível para as futuras epidemias inevitáveis."
Bertrand Draguez, diretor do Médicos sem Fronteiras (MSF), que tem liderado a luta contra o ebola na África Ocidental, disse: "Pela primeira vez há uma perspectiva de uma ferramenta que poderia proteger vidas e quebrar cadeias de transmissão."
Corrida contra o tempo
Este e outros estudos de vacinas foram rastreados de maneira rápida com enorme esforço internacional de pesquisadores, que correram para testar terapias e vacinas potenciais enquanto o vírus ainda estava circulando.
"Sabíamos que era uma corrida contra o tempo e que o experimento tinha de ser realizado sob as circunstâncias mais difíceis", diz John-Arne Röttingen, chefe da área de controle de doenças infecciosas no Instituto Norueguês de Saúde Pública e presidente do grupo de acompanhamento do experimento.
Os resultados do estudo, que testou a vacina desenvolvida por Merck e NewLink Genetics em mais de 4 mil pessoas que estiveram em contato próximo com um caso de ebola confirmado, mostrou que a vacina deu 100% de proteção depois de 10 dias da aplicação.
O estudo foi publicado nesta sexta na revista britânica "The Lancet" e afirma que a vacina VSV-EBOV poderia ser "altamente eficaz em prevenir a doença do vírus ebola".
Mais de 99% das vítimas se encontram na Guiné, Serra Leoa e Libéria.
Resultado promissor
Especialistas em saúde descreveram os resultados como "notáveis" e "virada no jogo".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o resultado como "extremamente promissor" e disse que "são necessárias mais evidência conclusivas para a capacidade de proteger as populações contra o que é chamado de 'efeito rebanho'". Para isso, a autoridade regulatória da Guinea aprovou a continuação dos estudos, diz a OMS em comunicado.
"O crédito vai para o governo da Guiné, as pessoas que vivem nas comunidades e nossos parceiros neste projeto. Uma vacina eficaz será mais um instrumento muito importante para os atuais e futuros surtos de ebola", disse em comunicado a diretora-geral da OMS, Dr. Margaret Chan.
Depois, em coletiva de imprensa, afirmou: "Esta vai ser uma virada de jogo", disse ela a jornalistas. "Vai mudar a gestão do atual surto de Ebola e de futuros surtos".
"Acreditamos que o mundo está prestes a ter uma vacina eficaz contra o Ebola", disse a especialista em vacinas Marie Paule Kieny, da OMS, em uma entrevista à imprensa em Genebra.
Jeremy Farrar, um especialista em doenças infecciosas e diretor da fundação Wellcome Trust, que ajudou a financiar o estudo, disse que os resultados foram "notáveis".
"Esse estudo se atreveu a usar um projeto altamente inovador e pragmático, que permitiu à equipa na Guiné avaliar esta vacina no meio de uma epidemia", disse em comunicado.
"Nossa esperança é que esta vacina ajude agora a acabar com essa epidemia e esteja disponível para as futuras epidemias inevitáveis."
Bertrand Draguez, diretor do Médicos sem Fronteiras (MSF), que tem liderado a luta contra o ebola na África Ocidental, disse: "Pela primeira vez há uma perspectiva de uma ferramenta que poderia proteger vidas e quebrar cadeias de transmissão."
Corrida contra o tempo
Este e outros estudos de vacinas foram rastreados de maneira rápida com enorme esforço internacional de pesquisadores, que correram para testar terapias e vacinas potenciais enquanto o vírus ainda estava circulando.
"Sabíamos que era uma corrida contra o tempo e que o experimento tinha de ser realizado sob as circunstâncias mais difíceis", diz John-Arne Röttingen, chefe da área de controle de doenças infecciosas no Instituto Norueguês de Saúde Pública e presidente do grupo de acompanhamento do experimento.
Outdoor
na Libéria com a frase 'Ebola deve ir embora'; país africano foi um dos
três mais atingidos pela epidemia do vírus. (Foto: Zoom Dosso/France
Presse)
Curandeiros queimam pé de bananeira em vilarejo da Guiné que deu origem à epidemia de ebola (Foto: AP Photo/Youssouf Bah)
Menina é levada a ambulância depois de apresentar sintomas da infecção
por ebola em vilarejo a cerca de 50 km de Monrovia, capital da Libéria
(Foto: AP Photo/Jerome Delay)
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