Em primeiro pronunciamento dos últimos cinco anos, presidente americano
pede que população não tenha medo de terrorismo e convoca muçulmanos
para lutar contra "ideologias extremistas".
Pela primeira vez em cinco anos, o presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, fez neste domingo (06/12) um pronunciamento à nação, no
qual pediu aos americanos para não ter medo do terrorismo e prometeu
combater o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI).
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"A ameaça do terrorismo é real, mas vamos superá-la. Destruiremos o EI e
outras organizações que tentem nos prejudicar", disse Obama e prometeu
que as Forças Armadas Americanas continuarão caçando terroristas no
exterior e trabalhando com parceiros locais no Iraque e na Síria no
combate ao "Estado Islâmico".
O presidente rejeitou, porém, o envio de tropas terrestres para esses
países. Obama falou ainda sobre o ataque a uma festa de fim de ano de
funcionários do departamento de saúde de San Bernardino, na Califórnia,
que deixou 14 mortos na quarta-feira.
Ele disse que os atiradores – Syed Rizwan Farook e sua esposa, Tashfeen
Malik – aparentemente se radicalizaram, mas não pertenciam a nenhuma
organização terrorista. Obama afirmou que, com aumento da eficácia de
serviços de inteligência em prevenir grandes atentados, a guerra contra o
terrorismo entrou em uma nova fase nos últimos anos, pois os grupos têm
conquistado seguidores pela internet que estariam dispostos a cometer
pequenos ataques.
"Vemos esforços crescentes de terroristas para envenenar a mente das
pessoas, como nos ataques a bomba na maratona de Boston ou os assassinos
de San Bernardino", acrescentou o presidente e pediu para que os
muçulmanos ajudem no combate a "ideologias extremistas".
"Não podemos nos virar uns contra os outros e deixar que essa luta seja
definida com uma guerra entre a América e o Islã. Isso não significa,
porém, negar o fato de que a ideologia extremista se espalhou em algumas
comunidades muçulmanas. É um problema real que muçulmanos precisam
enfrentar", disse.
Controle de armas
Obama também se dirigiu ao Congresso e pediu que uma legislação mais
rígida de controle de armas fosse aprovada. Os atiradores de San
Bernardino possuíam um verdadeiro arsenal de armas, compradas
legalmente. Somente no carro do casal, a polícia encontrou mais 1.600
cartuchos de munição.
Esse foi o primeiro pronunciamento de Obama à nação desde agosto de
2010, quando o presidente anunciou o fim das operações de combate no
Iraque.
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