Penas somam 680 anos, oito meses e 25 dias de prisão. Muitas dessas prisões ligadas a vários partidos políticos com exceção claro o PSDB.
Um ano e
dois meses após proferir a primeira sentença na Operação Lava Jato, o
juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, contabiliza
57 condenações de pessoas investigadas. A informação consta de um
balanço divulgado ontem, dia 7 de dezembro, pela Justiça Federal.
Somadas, as penas dos envolvidos no esquema de desvios na Petrobras
chegam a 680 anos, oito meses e 25 dias de prisão.
Entre os
condenados pelo juiz estão o doleiro Alberto Youssef, os ex-diretores da
Petrobras Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque, além de
executivos das maiores empreiteiras do país. A primeira sentença ocorreu
em outubro do ano passado, quando foi condenado Carlos Habib Charter,
dono de um posto de combustível e de um Lavo Jato em Brasília, que
inspirou o nome da operação, e ex-funcionários dele.
Enquanto as
condenações passam de cinco dezenas na Justiça Federal em Curitiba, os
tribunais superiores ainda não determinaram a abertura de nenhuma ação
penal contra investigados com prerrogativa de foro e que só podem ser
processados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo
Tribunal Federal (STF).
No STF, 68
pessoas são investigadas na Lava Jato, entre elas 23 deputados federais,
14 senadores, um ministro de Estado e um ministro do Tribunal de Contas
da União (TCU). As demais não têm foro por prerrogativa de função, mas
são processadas pela Corte por ligações diretas com parlamentares. As
primeiras denúncias contra parlamentares chegaram ao Supremo em março
deste ano.
De acordo
com levantamento mais recente da Procuradoria-Geral da República (PGR),
atualizado no mês passado, foram recuperados para os cofres públicos até
o momento R$ 1,8 bilhão. Foram assinados 35 acordos de delação premiada
e 116 mandados de prisão foram cumpridos.
As
investigações preliminares da Lava Jato começaram em 2009, a partir da
apuração do envolvimento do então deputado federal José Janene (PP), que
morreu em 2010, com os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Charter.
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