Munidos de denúncias
do Ministério Público Federal e de pedidos protocolados de
parlamentares, ainda pairam dúvidas no Supremo Tribunal Federal (STF)
sobre eventual afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), de acordo com informações da coluna "Painel", na edição desta
sexta-feira na "Folha de S.Paulo".
Parte da Corte argumenta que as manobras de Cunha no Regimento Interno da Câmara para evitar seu julgamento no Conselho de Ética obstrui qualquer possibilidade de investigação.
“Uma pessoa que usa o cargo para impedir sua cassação o faz para manter o foro privilegiado. Assim, pode escolher o tribunal que o julga, o juiz que o julga e ter direito a regime jurídico especial, como só ser preso em caso de flagrante”, disse à coluna um dos magistrados interessados na saída do deputado, lembrando de André Esteves, que teve prisão preventiva decretada para não prejudicar a apuração da Lava Jato.
Outra ala do Supremo ainda não vê argumento jurídico para o afastamento. Segundo estes, trata-de de "questão interna, disciplinar" da Câmara. Argumentam, ainda, que o Supremo precisa ser "provocado por alguém legitimado", dando a entender que seria preciso uma instituição de peso como "patrocinador" do pedido.
Ainda de acordo com a coluna, a defesa de Cunha espera que o posicionamento do STF seja similar ao de decisões recentes - como a que determinou que a responsabilidade da troca do relator no Conselho de Ética era da própria Câmara.
Parte da Corte argumenta que as manobras de Cunha no Regimento Interno da Câmara para evitar seu julgamento no Conselho de Ética obstrui qualquer possibilidade de investigação.
“Uma pessoa que usa o cargo para impedir sua cassação o faz para manter o foro privilegiado. Assim, pode escolher o tribunal que o julga, o juiz que o julga e ter direito a regime jurídico especial, como só ser preso em caso de flagrante”, disse à coluna um dos magistrados interessados na saída do deputado, lembrando de André Esteves, que teve prisão preventiva decretada para não prejudicar a apuração da Lava Jato.
Outra ala do Supremo ainda não vê argumento jurídico para o afastamento. Segundo estes, trata-de de "questão interna, disciplinar" da Câmara. Argumentam, ainda, que o Supremo precisa ser "provocado por alguém legitimado", dando a entender que seria preciso uma instituição de peso como "patrocinador" do pedido.
Ainda de acordo com a coluna, a defesa de Cunha espera que o posicionamento do STF seja similar ao de decisões recentes - como a que determinou que a responsabilidade da troca do relator no Conselho de Ética era da própria Câmara.
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