Cardozo diz ter "profunda discordância" de decisão de Gilmar Mendes sobre Lula
Advogado-geral da União vai recorrer da decisão que suspendeu posse. "Ato foi legal. Não há vício"
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou na noite desta sexta-feira (18) que vai recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que suspendeu a posse do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil. "No que diz respeito às questões mais de mérito enfrentadas pelo despacho do ministro Gilmar Mendes, temos uma profunda discordância porque o ato foi legal e não há nenhum vício. Recorreremos dessa decisão. Estamos avaliando qual melhor forma recursal que será proposta para obtermos junto ao Supremo Tribunal Federal a revisão dessa decisão", afirmou Cardozo.Cardozo recorrerá da decisão ao próprio STF. Até uma decisão final do Supremo, Lula não poderá despachar como ministro.
O advogado-geral da União afirma que, por questões processuais, a ação não deveria ter sido analisada, já que um mandado de segurança serve para questionar "direito líquido e certo" de um cidadão ferido por ato público, não valendo para partido político.
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No processo, Gilmar Mendes afirma que embora o Supremo e ele próprio já tenha dito que não cabe mandado de segurança de partido contra ato do poder público, no caso em questão ele entendeu que era uma forma válida: "Esse tipo de ação é um mecanismo de defesa institucional, uma salvaguarda das prerrogativas das minorias parlamentares contra abusos cometidos pela maioria", afirmou.
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