Reprodução da página do PT gaúcho na internet com convocação para ato no dia 13 |
Livres de censura do governo federal e de reprimenda do comando nacional do partido, diretórios estaduais do PT estão convocando seus militantes para ir às ruas no próximo domingo, 13, mesmo dia em que ocorrerão os protestos pelo impeachment(golpe) da presidenta Dilma Rousseff.
O risco de confronto preocupa integrantes do governo, da cúpula do PT e do Instituto Lula. Mas a direção do partido não desencoraja manifestações, que chama de "autônomas". Apenas informou que não organizou esses atos e recomendou que petistas evitem conflitos.
Essa é a orientação do presidente do PT, Rui Falcão.
No Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, o PT convocou a militância na página oficial do partido.
Em Brasília, o ato público em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá endereço simbólico –a Torre de TV, palco do último comício pelas Diretas– e contará com a presença de integrantes do comando nacional do PT. A manifestação pelo impeachment acontecerá na Esplanada, a poucos quilômetros de distância.
"Será pacífico", afirma o deputado distrital Chico Vigilante, um dos organizadores.
Segundo Vigilante, a cúpula petista não fez objeção. Apesar disso, o nome do partido não figura como organizador nos convites para o ato. "Sem partidarização", diz a mensagem de convocação.
De acordo com dirigentes do PT, o PC do B também participará das mobilizações no Rio, no Piauí e no Maranhão.
Aliados do governador Flávio Dino dizem que o PC do B organiza o protesto que acontecerá no Maranhão.
Mas ele informou, por intermédio de sua assessoria, não saber do que se trata.
Em São Paulo, apoiadores de Lula realizarão atos em Santo André e na capital.
A Juventude do PT (JPT), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e movimentos sociais estão entre os organizadores do "ato cultural" que acontecerá em pelo menos cinco capitais, que sera pró-Lula.
Em São Paulo, será na Praça Roosevelt, às 11h. As manifestações pró-impeachment ocorrerão na Avenida Paulista, a 2 km dali.
A presidente da UNE, Carina Vitral, afirma que não há risco de violência.
"Vamos ficar na praça Roosevelt e eles vão ficar na avenida Paulista, não nos encontraremos", diz Vitral.
O movimento foi batizado de "Sem Medo de Ser Feliz", marca da campanha de Lula à Presidência em 1989.
O ato acontece também no Rio de Janeiro e no Recife, além de Belo Horizonte e Porto Alegre.
A programação inclui atividades culturais.
jornal Folha de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário