Por Claudia Lima (CCS)
Para uma
plateia atenta e participativa, o presidente Paulo Gadelha fez uma
apresentação, na semana passada (25/2), sobre as ações da Fiocruz no
enfrentamento da Emergência Sanitária de Importância Nacional decretada
em função da disseminação do vírus zika e sua associação com a
microcefalia e outras síndromes neurológicas. O encontro lotou o
auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
(Ensp) e se estendeu das 10h às 13h30. Participaram da mesa os
vice-presidentes de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Rodrigo
Stabili, e de Ensino, Informação e Comunicação, Nísia Trindade.
Depois de uma contextualização histórica
de quadros de emergência em saúde pública ocorridos no país, como a
epidemia de meningite nos anos 1970, Gadelha falou sobre a dimensão da
crise atual e do papel da Fundação. “Esse é um momento tanto de
respostas que precisamos dar à sociedade, quanto de reflexão muito forte
interna sobre as características da nossa atuação”, afirmou,
ressaltando o aprendizado do processo.
“Para as instituições, em um quadro como
esse o melhor aflora - a capacidade de resposta, expertise, atuação
conjunta e reafirmação dos compromissos sociais -, como também muitas
características que demonstram dificuldades de atuação, seja porque
nossos processos operativos não são os ideais, seja porque a nossa
capacidade de compartilhar informações e atuar conjuntamente não são as
mais azeitadas, seja porque as questões ligadas ao processo de
financiamento não se colocam de uma maneira adequada”, avaliou.
Os estudos de coorte multicêntrico, a
colaboração da Fiocruz com estados e municípios na estruturação da
atenção à saúde no plano local e a atuação de assistência, na atenção
integral às crianças portadoras de microcefalias e outras malformações
relacionadas ao vírus zika, foram outras das atuações descritas. O
presidente tratou detalhadamente dos estudos de controle vetorial em
curso: o Projeto Eliminar a dengue: desafio Brasil, com uso da bactéria
Wolbachia; do uso do mosquito Aedes Aegypti como unidade dispersora de
larvicida; e do desenvolvimento do biolarvicida Dengue Tech, por
Farmanguinhos.
Há vários projetos em desenvolvimento,
que seguem novas fases, como o escalonamento da experiência com a
bactéria Wolbachia; os estudos de caso controle; a formatação de
biorrepositório; e ações na área de vigilância e competência vetorial,
vacina e diagnóstico sorológico. Paulo Gadelha falou sobre a importância da
mobilização social e da experiência da constituição de comitês populares
para o controle do Aedes, projeto em desenvolvimento pelo Instituto de
Pesquisa René Rachou (Fiocruz/Minas) para três mil escolas, e das ações
do programa de Controle da dengue em Manguinhos.
Informação e comunicação - O papel
central da informação e comunicação no quadro de Emergência Sanitária
também foi destacado durante a apresentação. Veículos como a Radis, a
Agência Fiocruz de Notícias, o Portal Fiocruz, o site Rede Dengue, o
Canal Saúde e as ações de revisão sistemática da produção científica
sobre o tema e a assinatura acordo internacional para compartilhamento
de dados de pesquisa sobre zika formam tema da apresentação.
Paulo Gadelha destacou que a Fiocruz
assinou documento conjunto de várias instituições – entre as quais
Wellcome Trust, Instituto Pasteur, Academy of Medical Sciences e Bill
and Melinda Gates Foundation. “O manifesto é no sentido de que toda a
informação científica consolidada e fundamentada tem que ser o mais
rapidamente disseminada para o conjunto da comunidade científica, para
os gestores de saúde pública e para a população”, afirmou. “Muitas vezes
os periódicos acabam não aceitando publicações porque foi divulgada
anteriormente. Em situações de crise, é inaceitável a informação ficar
retida porque o produtor do conhecimento fica aguardando a publicação”,
explicou.
Entre os compromissos do manifesto, está
o de trabalhar em parceria para garantir que a resposta global a
situações de emergência de saúde pública possam se basear nos melhores
dados e evidências de pesquisa disponíveis. Assim, os periódicos
signatários se comprometem a tornar o acesso livre para todo o conteúdo
relativo ao vírus zika e que quaisquer dados ou pré-impressões
divulgadas antes da submissão de qualquer artigo não sejam empecilho
para sua publicação posterior em periódicos. O documento está de acordo
com a consultoria especializada sobre compartilhamento de dados
realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano passado.
A importância das ações em parceria com
instituições nacionais e internacionais também foi tratada durante o
encontro. Estiveram presentes ao debate os ex-presidentes da Fundação
Luiz Fernando Ferreira e Paulo Buss; o vereador Paulo Pinheiro
(PSOL/RJ); pesquisadores, estudantes, gestores e diretores de várias
unidades.
Clique aqui e confira a apresentação.
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