Além de afetar esteticamente o indivíduo, o estrabismo pode não desenvolver a visão do olho comprometido.
Segundo ela, a condição pode ser evidente ou sutil. “Há casos em que olhando para a criança percebe-se que os olhos estão tortos, mas o estrabismo também pode ser sutil, causando uma perda da profundidade do campo de visão ou maior esforço para enxergar. Às vezes, a criança começa a inclinar a cabeça para ver melhor, causando torcicolo”, esclarece.
Além de afetar esteticamente o indivíduo, o estrabismo pode impedir o desenvolvimento da visão do olho comprometido. A oftalmologista ressalta que o estrabismo nunca é normal e não se cura sozinho. “O que pode acontecer é que até os quatro meses de idade os ‘olhos podem dar uma desviadinha’, porém, essa situação é rara e por períodos curtos e ocorre porque os reflexos de alinhamento ocular ainda não estão maduros”, salienta.
Dra. Ana Paula explica que, na infância, dependendo do caso, a doença pode ser tratada com óculos ou até cirurgia e exercícios oculares. “Caso haja ambliopia (‘olho preguiçoso’, ou seja, diminuição da visão), ela também deve ser tratada o mais precocemente possível. Normalmente são prescritos óculos e exercícios no olho fraco para forçá-lo a desenvolver a visão”, esclarece. “Se o tempo do tratamento da ambliopia passar e não houver resultado positivo, a visão do olho não pode ser recuperada e a cirurgia para correção do estrabismo será apenas estética”, enfatiza.
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