O diretor do instituto de pesquisa brasileiro Butantan, Jorge Kalil, afirma que o processo será lento
Genebra
- A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quarta-feira que
uma vacina contra o vírus Zika pode chegar "tarde demais" para ter um
impacto real na atual epidemia na América Latina.
"O desenvolvimento das vacinas ainda está em um estágio muito precoce e as opções mais avançadas ainda vão demorar vários meses para serem testadas em humanos", disse a diretora-geral-adjunta da OMS, Marie-Paule Kieny, acrescentando que "é possível que as vacinas cheguem tarde demais para o atual surto na América Latina".
Em declarações, dadas ao fim de uma reunião de dois dias sobre a pesquisa relacionada ao vírus, a especialista disse que a vacina é um "imperativo", especialmente para mulheres grávidas e para mulheres em idade fértil. No entanto, o diretor do instituto de pesquisa brasileiro Butantan, Jorge Kalil, disse que o processo será lento: "Talvez dentro de três anos tenhamos uma vacina. Três anos, sendo otimista".
De acordo com a OMS, 67 empresas e instituições estão atualmente empenhadas em produzir testes, vacinas, medicamentos e produtos para controlar o mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus Zika. São 31 equipes trabalhando em testes de diagnóstico, 18 focadas no desenvolvimento de vacinas, oito para tratar da doença e 10 no controle do mosquito transmissor, que se encontram em diferentes estágios de desenvolvimento. Até o momento, nenhuma vacina ou medicamento foi testada em humanos.
Segundo a OMS, a comunidade científica "respondeu prontamente" à necessidade de produtos médicos relacionados à infecção por Zika e de medidas inovadoras de controle vetorial.
Em comunicado, a OMS destacou também que a rapidez com que a informação está sendo divulgada entre os países é "um grande avanço em relação à resposta da comunidade científica ao surto de Ébola" que atingiu países da África em 2014 e 2015.
“Embora o desenvolvimento de produtos esteja em fase mais inicial do que o do Ébola", disse Marie-Paule Kieny, a metodologia e a coordenação entre parceiros "está muito mais avançada, graças às lições aprendidas durante a epidemia de Ébola".
"O desenvolvimento das vacinas ainda está em um estágio muito precoce e as opções mais avançadas ainda vão demorar vários meses para serem testadas em humanos", disse a diretora-geral-adjunta da OMS, Marie-Paule Kieny, acrescentando que "é possível que as vacinas cheguem tarde demais para o atual surto na América Latina".
Em declarações, dadas ao fim de uma reunião de dois dias sobre a pesquisa relacionada ao vírus, a especialista disse que a vacina é um "imperativo", especialmente para mulheres grávidas e para mulheres em idade fértil. No entanto, o diretor do instituto de pesquisa brasileiro Butantan, Jorge Kalil, disse que o processo será lento: "Talvez dentro de três anos tenhamos uma vacina. Três anos, sendo otimista".
Na reunião, que juntou especialistas e
representantes dos países afetados, os cientistas definiram como
prioridades o desenvolvimento de testes de diagnóstico, a produção de
vacinas para mulheres em idade fértil e a criação de instrumentos de
controle vetorial que permitam reduzir a população de mosquitos.
"O
vírus Zika leva a uma infecção moderada e quase inofensiva na maioria
dos pacientes”, recordou Marie-Paule Kieny, explicando que, por esse
motivo, a produção de medicamentos para tratar a infecção "e menos
prioritária nesta fase".
"A necessidade mais premente é o
desenvolvimento de instrumentos de diagnóstico e prevenção para
preencher a atual lacuna na investigação e para proteger as mulheres
grávidas e os seus bebês", afirmou.
PesquisaDe acordo com a OMS, 67 empresas e instituições estão atualmente empenhadas em produzir testes, vacinas, medicamentos e produtos para controlar o mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus Zika. São 31 equipes trabalhando em testes de diagnóstico, 18 focadas no desenvolvimento de vacinas, oito para tratar da doença e 10 no controle do mosquito transmissor, que se encontram em diferentes estágios de desenvolvimento. Até o momento, nenhuma vacina ou medicamento foi testada em humanos.
Segundo a OMS, a comunidade científica "respondeu prontamente" à necessidade de produtos médicos relacionados à infecção por Zika e de medidas inovadoras de controle vetorial.
Em comunicado, a OMS destacou também que a rapidez com que a informação está sendo divulgada entre os países é "um grande avanço em relação à resposta da comunidade científica ao surto de Ébola" que atingiu países da África em 2014 e 2015.
“Embora o desenvolvimento de produtos esteja em fase mais inicial do que o do Ébola", disse Marie-Paule Kieny, a metodologia e a coordenação entre parceiros "está muito mais avançada, graças às lições aprendidas durante a epidemia de Ébola".
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