
Em seu depoimento, Yunes contou ter recebido um pedido de Padilha para que recebesse em seu escritório de advocacia "documentos" das mãos de Lucio Funaro. Os envelopes, porém, continham dinheiro, de acordo com o delator da Odebrecht Claudio Melo Filho.
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Segundo a nota de Temer, "a Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio".
As delações da Lava Jato, no entanto, apontam que Temer pediu e recebeu propina da Odebrecht. O valor que chegou ao escritório do amigo de Temer foi R$ 4 milhões - de um total de R$ 11 milhões solicitado por Temer à empreiteira.
Em entrevista ao jornalista Lauro Jardim, Yunes acrescentou que Temer sabia do episódio e que o dinheiro foi usado para a compra de 140 deputados, que ajudaram a eleger Eduardo Cunha presidente da Câmara.
Padilha se licenciou do cargo nesta sexta alegando motivos de saúde. Ele está em Porto Alegre, onde se submeterá a uma cirurgia na próstata nos próximos dias. A expectativa é que ele não volte para o governo, embora ele tenha negado a saída permanente.
Leia a íntegra da nota de Temer:
Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e
oficial à Construtora Norberto Odebrecht. Não autorizou, nem solicitou
que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral. A Odebrecht
doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de
contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva
participação do presidente no episódio.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República
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