"Deixem o Executivo trabalhar em
paz", disse o golpista Michel Temer, nesta quarta-feira, na cerimônia de posse de
seu novo ministro da Justiça, em Brasília. No entanto, se Temer
realmente deseja a paz para o Brasil, a única coisa que ele pode fazer é
renunciar e apoiar o processo de eleições diretas, o que ainda lhe
daria uma saída honrosa. Eis alguns dos motivos: (1) uma pesquisa aponta
que 90,6% dos brasileiros querem sua saída e a realização de eleições
para presidente; (2) ele é o único "presidente" na história do Brasil
investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial,
além de alvo de 14 pedidos de impeachment, um deles apresentado pela
Ordem dos Advogados do Brasil; (3) para o Conselho Federal de Economia, a
permanência de Temer no poder prejudica a recuperação da atividade
econômica no Brasil, que vive a maior depressão de sua história, com 14
milhões de desempregados; (4) dentro de poucos dias, ele será denunciado
ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral Rodrigo Janot; é hora
de reconhecer que acabou, Temer
Ministro relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, Edson Fachin negou pedido da defesa de Michel Temer
para que ele não fosse interrogado pela Polícia Federal antes da
realização da perícia da gravação do empresário Joesley Batista, da JBS;
em sua decisão, Fachin argumentou que Temer, se quiser, tem o direito
de não responder, mas não pode impedir que a PF lhe interrogue;
perguntas podem ser respondidas por escrito e Temer, que é investigado
por corrupção, obstrução à Justiça e organização criminosa, terá um
prazo de dez dias para isso
"A defesa de Temer fez as contas e concluiu que
Rodrigo Janot pode denunciá-lo ao STF ainda em junho, o que determinaria
seu afastamento do cargo antes mesmo do julgamento da chapa Dilma-Temer
pelo TSE. Por isso pediu hoje ao ministro-relator Luiz Fachin para
adiar o depoimento por escrito que ele prestará à Polícia Federal para
depois da conclusão da perícia no áudio da conversa entre Temer e o
empresário Joesley Batista, da JBS", escreve Tereza Cruvinel, colunista
do 247; a jornalista lembra que, se o prazo de dez dias dado a Temer
para que ele responda o interrogatório da PF por escrito "for cumprido, o
inquérito estará concluído em 10 de junho. Depois disso será
encaminhado a Janot, que já disporá dos elementos para denunciar ou não
Michel Temer ao STF"
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