5.31.2017

Temer pede no STF para depor à Polícia Federal somente após perícia de áudio

A defesa de Michel Temer entrou com um pedido nesta quarta-feira (31) no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o depoimento do presidente à Polícia Federal só ocorra após o resultado da perícia sobre a gravação da conversa entregue pelo dono da JBS, Joesley Batista, ao Ministério Público Federal (MPF), como parte da delação premiada do empresário.
Os advogados de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira e Sérgio Eduardo de Mendonça de Alvarenga, voltaram a sustentar que Temer não pode prestar depoimento porque ainda não está pronta a perícia conduzida pela própria PF no áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da JBS, gravou uma conversa com o presidente.
Defesa de Temer pede também que PF seja proibida de fazer perguntas sobre áudio antes da perícia
Defesa de Temer pede também que PF seja proibida de fazer perguntas sobre áudio antes da perícia
Nesta terça-feira (30), o relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, autorizou a PF a enviar perguntas por escrito ao presidente, que deve respondê-las no prazo de 24 horas após o recebimento. Caso o ministro não determine que se aguarde a perícia antes do depoimento, a defesa pediu que ele ordene os policiais a não fazerem perguntas ligadas ao conteúdo do áudio, cuja validade é questionada por Temer.
“Além de insanáveis ilicitudes formais, que serão apontadas oportunamente, já se mostrou que o próprio conteúdo da prova arquitetada pelo citado empresário foi evidentemente adulterado”, reiteraram os advogados de Temer.
“Contudo, é de fácil percepção a absoluta impossibilidade de o Presidente da República fornecer respostas enquanto não finalizada a perícia deferida como prioridade por Vossa Excelência. Especialmente, impossíveis de ser respondidos seriam eventuais quesitos que digam respeito a uma gravação que, de antemão, já se sabe fraudada!”, diz a peça.
O áudio da conversa tem cerca de 40 minutos. Na gravação, Temer e Batista conversam sobre o cenário político e econômico e também acerca da situação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato.
Com Agência Brasil
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