Estar perto de pessoas que você gosta auxilia a produzir o hormônio
A ocitocina
é um hormônio produzido na hipófise - a principal glândula do organismo
- localizada no cérebro. Sua função mais conhecida é a de estimular a
contração do útero na hora do parto. No entanto, a ocitocina não é
exclusiva das mulheres, os homens também a fabricam. Além da sua função
no parto, ela age como um neurotransmissor, regulando comportamento de
interação social, sendo por isso também conhecida como o "hormônio do
amor".
Benefícios da ocitocina
Os estudos evolucionários mais recentes
indicam sua atividade na formação dos laços de afeto entre mães e filhos
e também entre os casais e companheiros. O cérebro libera ocitocina
quando existe o contato de pele entre as pessoas, e também quando existe
a formação de uma relação de confiança entre elas. A ocitocina é dessa
forma conhecida pela sua função de união entre as pessoas e
desenvolvimento de ligações de carinho.
O interesse recente na ocitocina abriu
um novo horizonte para entendermos o funcionamento cerebral e as
relações humanas. Estudos encontraram entre as ações cerebrais da
ocitocina o efeito positivo no desenvolvimento de estados de
autoconfiança e empatia. Quanto mais alto os níveis de ocitocina no
sangue, maior é a sensação de bem estar e felicidade.
E há também boas notícias com relação
aos possíveis usos da ocitocina no tratamento de esquizofrenia, autismo,
depressão pós parto e até para ajudar na perda de peso! Há estudos em
andamento sobre o uso de ocitocina nasal para o tratamento de depressão
pós parto.
Com relação ao peso, pesquisas recentes
avaliam os possíveis efeitos da ocitocina em áreas do cérebro que
controlam o apetite. Em um estudo com ratos de laboratório, injeções de
ocitocina os fizeram comer menos e reduziram seu peso.
Produção de ocitocina
O nosso organismo produz naturalmente
ocitocina. A preparação do parto em mulheres é a forma mais conhecida,
mas hoje se sabe que ao perceber sensações de toque, carinho, conforto
nosso corpo fabrica ocitocina, seja em mulheres ou homens.
Portanto, uma boa forma de auxiliar seu
organismo a produzir ocitocina é estar perto de pessoas de quem você
gosta e compartilhar momentos agradáveis com elas. Sim, o amor está no
ar e é também um hormônio.
Referências
Scientific American Mind 24, 18 (2013)
Published online: 11 April 2013 l
doi:10.1038/scientificamericanmind0513-18b Maejima Y, Iwasaki Y,
Yamahara Y, Kodaira M, Sedbazar U, Yada T. Peripheral oxytocin treatment
ameliorates obesity by reducing food intake and visceral fat mass.
Aging, 3(12), 1169-1177, 2011 Oxytocin reduces caloric intake in men;
Lawson EA; 2015
Dra. Andressa Heimbecher Soares
Endocrinologia e Metabologia - CRM 123579/SP
especialista minha vida
Saiba mais:
Ocitocinas
A ocitocina, também chamada de oxitocina, é um hormônio sintetizado no núcleo supra-óptico do hipotálamo e transportada em pequenas vesículas envoltas por uma membrana através dos axônios dos nervos hipotálamo-hipofisário. Estas vesículas ficam armazenadas nos terminais nervosos encontrados próximos aos leitos capilares na neuro-hipófise até a sua secreção para a corrente sanguínea. Deste modo, a ocitocina apresenta dois sítios de origem: um ovariano e outro hipotalâmico.
Este hormônio também é responsável por desempenhar um importante papel no processo reprodutivo. Durante a fase folicular do ciclo reprodutivo e durante os estágios finais da gestação, a ocitocina estimula as contrações uterinas, que facilitam o transporte do esperma para o oviduto durante o período fértil.
O estímulo primário para a liberação da ocitocina é a distensão mecânica da cérvix uterina provocada pela insinuação do feto no momento do parto, bem como o ato de sucção da glândula mamária. Os impulsos são transmitidos por nervos aferentes que conduzem o reflexo para os corpos neuronais, causando a despolarização da membrana nervosa, que se propaga para a região terminal do axônio. O influxo de cálcio gera a fusão dos grânulos e exocitose dos conteúdos granulares, e, então, a ocitocina e sua neurofisina são liberadas para a circulação sanguínea, sendo encontradas sob a forma livre ou ligadas a proteínas plasmáticas.
A ocitocina gera também outras ações, como a ejeção do leite. Na lactante, estímulos táteis e visuais, juntamente com a sucção induzem a liberação da ocitocina na corrente sanguínea, levando a contração das células mioepiteliais que circundam os alvéolos presentes na glândula mamária, resultando na liberação do leite. Este hormônio possui também ação vasodilatadora e ação antidiurética fraca. Estima-se que a meia-vida da ocitocina gire ao redor de 5 a 12 minutos.
Estudos realizados apontaram também que a ocitocina está relacionada com o orgasmo, tanto masculino, quanto feminino. Os pesquisadores propuseram que é possível que haja uma interação entre as contrações musculares e o desejo sexual/orgasmo.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ocitocina
http://www.anestesiologia.com.br/anestesinfo.php?itm=85
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mulher/mat/2007/09/12/297695317.asp
Por Débora Carvalho Melda
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Ocitocinas
A ocitocina, também chamada de oxitocina, é um hormônio sintetizado no núcleo supra-óptico do hipotálamo e transportada em pequenas vesículas envoltas por uma membrana através dos axônios dos nervos hipotálamo-hipofisário. Estas vesículas ficam armazenadas nos terminais nervosos encontrados próximos aos leitos capilares na neuro-hipófise até a sua secreção para a corrente sanguínea. Deste modo, a ocitocina apresenta dois sítios de origem: um ovariano e outro hipotalâmico.
Este hormônio também é responsável por desempenhar um importante papel no processo reprodutivo. Durante a fase folicular do ciclo reprodutivo e durante os estágios finais da gestação, a ocitocina estimula as contrações uterinas, que facilitam o transporte do esperma para o oviduto durante o período fértil.
O estímulo primário para a liberação da ocitocina é a distensão mecânica da cérvix uterina provocada pela insinuação do feto no momento do parto, bem como o ato de sucção da glândula mamária. Os impulsos são transmitidos por nervos aferentes que conduzem o reflexo para os corpos neuronais, causando a despolarização da membrana nervosa, que se propaga para a região terminal do axônio. O influxo de cálcio gera a fusão dos grânulos e exocitose dos conteúdos granulares, e, então, a ocitocina e sua neurofisina são liberadas para a circulação sanguínea, sendo encontradas sob a forma livre ou ligadas a proteínas plasmáticas.
A ocitocina gera também outras ações, como a ejeção do leite. Na lactante, estímulos táteis e visuais, juntamente com a sucção induzem a liberação da ocitocina na corrente sanguínea, levando a contração das células mioepiteliais que circundam os alvéolos presentes na glândula mamária, resultando na liberação do leite. Este hormônio possui também ação vasodilatadora e ação antidiurética fraca. Estima-se que a meia-vida da ocitocina gire ao redor de 5 a 12 minutos.
Estudos realizados apontaram também que a ocitocina está relacionada com o orgasmo, tanto masculino, quanto feminino. Os pesquisadores propuseram que é possível que haja uma interação entre as contrações musculares e o desejo sexual/orgasmo.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ocitocina
http://www.anestesiologia.com.br/anestesinfo.php?itm=85
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mulher/mat/2007/09/12/297695317.asp
Por Débora Carvalho Melda
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