Segundo testemunhas, integrantes do MBL visitaram o local com frequência e assediaram verbalmente os visitantes. Nas redes sociais, fizeram forte campanha acusando a exposição “Queermuseu – cartografias da diferença na arte da brasileira”, que contava com obras de 85 artistas, de fazer apologia à zoofilia e à pedofilia com “dinheiro de leis de incentivo à cultura”.
O banco Santander, dono do espaço onde ocorria a exposição, resolveu ceder à pressão de Kim Kataguiri e sua turma e fechou as portas da galeria.
Animados, os membros do MBL querem colocar em prática outros itens de um livro escrito na Alemanha em 1925 por um pintor frustrado.
Eles planejam fazer sua primeira fogueira pública de livros em breve. “O banco Santander vai doar a gasolina”, escreveu o líder do MBL Renan Santos, o gênio empreendedor que responde a mais de 60 processos na Justiça e deve R$ 4,9 milhões em processos trabalhistas.
“Somos liberais, então nos inspiramos no livro de um grande autor chamado Ray Bradbury, o Fahrenheit 451”, disse Kim. “Vamos fazer nossa fogueira de livros a exatos 232 graus Celsius como aprendemos no livro. Era essa a mensagem, não?”
Os primeiros livros a serem queimados serão, naturalmente, os de História.
“Mas só depois da naninha da tarde”, completou. “Nossos tios Bolsonaro, Marchezan e Doria ficaram tão felizes que salvamos as crianças do Brasil da depravação da arte que nos deram passagens de avião para fazer protesto contra a Capela Sistina, que tem aquela foto depravada de Deus encostando o dedo num homem com o piruzinho para fora”, disse Kataguiri.
M Zorzanelli
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