A Polícia Federal prendeu o
ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), braço direito de Michel Temer na
arrecadação e distribuição de propina no PMDB; a PF chegou ao prédio de
Geddel, no bairro Jardim Apipema, em Salvador, por volta de 5h40, em
dois carros, e ainda não saiu do local; decisão que a polícia está em
mãos é da 10ª Vara Federal de Brasília, mas ainda está em sigilo; pedido
acontece após a PF ter encontrado na terça (5) R$ 51 milhões em espécie
escondidos em caixas e malas em um "bunker" ligado ao peemedebista,
também em Salvador; foi a maior apreensão de dinheiro vivo da história
do País
Em delação premiada homologada pelo Supremo
Tribunal Federal, o corretor financeiro Lúcio Funaro, operador do PMDB,
acusou Michel Temer de fazer lobby para políticos, cobrando repasses de
caixa dois e, também, como destinatário de propina; ele diz que Temer
"sempre soube" de todos os esquemas tocados pelo ex-deputado Eduardo
Cunha; "Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos
dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina)
com Temer", diz Funaro na delação; Temer é protagonista de dois repasses
de propina na delação de Funaro; um deles, de R$ 1,5 milhão, veio do
grupo Bertin, e outro, com a JBS, no valor de R$ 7 milhões; repasses a
Temer somam R$ 13,5 milhões
A PF ficou mais de duas horas no
prédio de Geddel Vieira Lima em Salvador antes de levá-lo preso; uma das
buscas foi na casa da mãe de Geddel, que mora alguns andares abaixo;
"Meu filho não é bandido, é doente", disse dona Marluce Quadros Vieira
Lima
A delação do corretor Lúcio Funaro
também atinge o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que preside o
Congresso Nacional; segundo Funaro, a Hypermarcas pagou R$ 1,6 milhão a
Eunício pela aprovação de uma medida provisória de seu interesse; os
recursos foram pagos à Confederal, empresa do senador, que reconhece sue
os serviços não foram prestados e tenta agora devolver os recursoHá 20 anos, Geddel já chantageava FHC para abafar a compra da reeleição
Preso nesta sexta-feira em Salvador, o
ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) é um dos corruptos mais
longevos da política brasileira; há vinte anos, o Globo noticiava que
ele e Michel Temer chantagearam o então presidente Fernando Henrique
Cardoso para abafar investigações sobre a compra de votos para a
reeleição; os peemedebistas só sossegaram quando arrancaram de FHC os
ministérios dos Transportes com Eliseu Padilha e Íris Rezende
Pivô da maior apreensão de dinheiro
sujo da história do Brasil, Geddel Vieira Lima, preso nesta manhã em
Salvador, foi também um dos principais articuladores do golpe de 2016,
que instalou Michel Temer no poder; no dia da posse, ele disse que não
poderia ser juiz da honestidade da presidente honesta e deposta Dilma
Rousseff e afirmou que mantém relações próximas com Temer há mais de 30
anos; relembre
O procurador-geral, Rodrigo Janot,
decidiu pedir a revogação da imunidade concedida aos integrantes do
grupo, incluindo a de Joesley Batista; posição do procurador-geral deve
ser encaminhada até a tarde desta sexta (8) ao ministro Edson Fachin,
relator do caso no STF, responsável por tomar uma decisão; em seu
depoimento à PGR nessa quinta-feira, 7, Joesley disse no depoimento que
foi apresentado a Miller por Francisco de Assis e Silva porque estava à
procura de alguém para a área de anticorrupção da empresa
fotografia dos R$ 51 milhões em
dinheiro atribuídos a Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) foi tema do almoço
entre Michel Temer e integrantes de sua base aliada no Congresso nessa
quinta-feira, 7; aliados disseram que a imagem era "indefensável"; Temer
calou
Sinal amarelo já acendeu para o
prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que decidiu abandonar a
capital paulista para percorrer o País na traição ao padrinho político,
Geraldo Alckmin, por uma candidatura a presidente pelo PSDB; segundo
pesquisas de auxiliares de Doria, sua popularidade caiu desde o início
das viagens e mais de 70% dos paulistanos reprovam a ideia de Doria
deixar a prefeitura para disputar outro cargo
Levantamento feito pelo
economista Nelson Marconi, da Fundação Getulio Vargas, mostra que os
reajustes liberados no ano passado pelo governo de Michel Temer estão
aprofundando o buraco fiscal; desembolso com a folha chegou a R$ 282,5
bilhões em julho, em valores reais anualizados; cifra superou o pico
anterior da série desse gasto, que foi de R$ 272,3 bilhões, em novembro
de 2014
O ex-ministro Geddel Vieira Lima
(PMDB), parceiro de Michel Temer no recebimento de propinas para o PMDB,
passou senhas incorretas de seu celular para a Polícia Federal e se
recusou a fornecer sua digital para que os investigadores acessassem o
aparelho; a senha foi solicitada em duas ocasiões, em que Geddel, por
meio de seus advogados, forneceu alguns números, que não funcionaram; a
PF já tem cinco provas que ligam Geddel aos R$ 51 milhões apreendidos em
espécie em um apartamento ligado a ele em Salvador, na maior apreensão
de dinheiro vivo da história
O ex-ministro Antônio Palocci deu
sinais claros de que seguirá o script desejado pelo Ministério Público
Federal para incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; "Na
leitura de criminalistas habituados à sistemática da Operação Lava Jato,
o disparo é um sinal evidente de que ele quis agradar ao Ministério
Público Federal acreditando que tem boa chance de fechar acordo de
delação premiada", disse a colunista Monica Bergamo nesta sexta-feira,
8; em depoimento ao juiz Sérgio Moro, Palocci disse que Lula recebeu
propina da Odebrecht e que teria um "pacto de sangue" com a construtora
"Conversando com um diplomata
estrangeiro esta semana ele riu-se do que chama nossa inocência. Só nós
(brasileiros desolados com o descarrilhamento nacional) achamos que o
golpe, a Lava Jato, a demonização da política e a caçada a Lula são
tramas conduzidas apenas por gente do Brasil, como Moro, Janot, Temer,
parte do Judiciário, mídia, Polícia Federal etc. Enquanto o filme passa,
as transnacionais avançam sobre o petróleo, o pré-sal, o sistema
elétrico, o subsolo e a Amazônia", diz a colunista do 247 Tereza
Cruvinel; "O mesmo filme, diz ele, que está em cartaz em outros países
da América Latina, inclusive no Equador, onde o sucessor de Rafael
Corrêa, tal como Pallocci, passou-se para o outro lado. Talvez tenha
razão, talvez seja paranoico, mas a precisão do roteiro e a impotência
geral diante de seu avanço são impressionantes"
"A única coisa que eu tenho a
oferecer ao povo brasileiro é a minha inocência. Se eu tivesse alguma
culpa, eu não teria a coragem de olhar nos olhos do povo brasileiro e de
uma velhinha de 90 anos que vem de longe me ver", disse o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, na entrevista concedida aos jornalistas
Leonardo Attuch, Paulo Moreira Leite e Leonardo Stoppa. Sobre o
depoimento judicial, que vem logo depois uma avalanche de carinho do
povo brasileiro, Lula soltou uma ironia. "Espero que o Moro me abrace",
afirmou
"Nunca ninguém comprou reservas
provadas de petróleo a preço tão baixo, praticamente uma doação. Nunca
ninguém haverá de comprar nióbio, ouro, tântalo e outras riquezas
minerais da Amazônia a preços tão convidativos. Jamais alguém haverá de
comprar energia hidrelétrica, já amortizada, por valores tão aviltados.
De brinde, ainda podem levar as nossas terras e a Casa da Moeda", diz o
colunista Marcelo Zero, sobre este 7 de setembro, em que o Brasil
celebra a dependência e o fim da democracia
O ex-presidente Lula afirmou nesta
quinta-feira, 7, a interlocutores que manterá sua agenda de viagens pelo
País, a despeito do depoimento do ex-ministro Antonio Palocci, no qual
acusou Lula de ter feito um "pacto de sangue" com a Odebrecht;
ex-ministro Gilberto Carvalho afirma que Lula está bem; "E disse que,
depois desta caravana, nada consegue abatê-lo", disse Carvalho; segundo o
vice-presidente do PT, Alexandre Padilha, o depoimento não "mexe em
nada em relação ao que estava programado"; "Nossa agenda ofensiva é a
caravana. Não vamos ficar reféns da agenda do Judiciário", afirmou
Padilha; agenda política do ex-presidente inclui uma segunda edição da
caravana que fez pelo Nordeste, desta vez em Minas; há também a previsão
da edição de uma caravana no Pontal do Paranapanema
Dias depois da maior apreensão de
propina da história, com os R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima, braço
direito de Michel Temer, o ministro da Justiça, Torquato Jardim,
admitiu, pela primeira vez, que irá mudar o comando da Polícia Federal,
chefiada por Leandro Daiello; segundo Torquato, uma lista com três nomes
cotados para substituir Daiello foi apresentada a Michel Temer; no meio
político, a especulação é que troca de comando da Polícia Federal tenha
como objetivo atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato
envolvendo membros do governo Michel Temer
Em artigo publicado nesta
quinta-feira, 7 de setembro, o ex-chanceler Celso Amorim relata como o
Brasil foi respeitado pelo mundo durante os oito anos do governo do
ex-presidente Lula; "É, pois, com grande tristeza, que vejo as
tentativas daqueles que sempre defenderam privilégios de classe e
atitudes de dependência em relação a potências estrangeiras de
desconstruir a imagem e a obra daquele que foi, sem dúvida, o maior
líder popular que o Brasil já teve", diz o ex-ministro de Relações
Exteriores; "Como tantos brasileiros, confio que a justiça, afinal,
prevalecerá e que Lula poderá seguir conduzindo o Brasil no rumo de uma
sociedade menos desigual e de uma posição de respeito, independência e
dignidade no plano internacional", diz Amorim; leita artigo na íntegra
A Polícia Federal tem novos indícios
que reforçam a associação dos R$ 51 milhões apreendidos em Salvador ao
ex-ministro Geddel Vieira Lima; fica mais complicada a situação do
peemedebista que era braço direito de Michel Temer; a PF citou quatro
novas provas e situações que colocam Geddel em situação delicada: 1) as
digitais dele colhidas no apartamento onde houve a busca estavam
impressas no próprio dinheiro e material que acondicionava as notas; 2)
uma segunda testemunha ouvida após a operação policial confirmou que o
espaço havia sido cedido a Geddel, corroborando o que disse o dono do
imóvel; 3) uma segunda pessoa é suspeita de auxiliar o peemedebista na
destinação das caixas e malas de dinheiro; 4) a PF identificou risco de
fuga depois da revelação da história da maior apreensão de dinheiro vivo
já registrada no Brasil
Em depoimento prestado nesta
quarta-feira (06) ao juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, o
ex-ministro Antonio Palocci deu a "senha" para a entrega dos recursos do
pré-sal; segundo Palocci, o dinheiro do pré-sal seria usado para
"financiar um projeto de poder do PT"
Em depoimento nesta quinta-feira
(07), à Procuradoria Geral da República, o empresário Joesley Batista,
um dos donos da JBS, negou ter recebido orientação do ex-procurador
Marcelo Miller sobre um possível acordo de delação ou para gravar
conversa com Michel Temer; segundo o empresário, Muller conversou "em
linhas gerais" com ele sobre o processo de delação e Joesley disse que
acreditava que Muller não era mais funcionário da PGR; o empresário
também minimizou as citações aos ministros do Supremo Tribunal Federal
Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Riicardo Lewandowski e negou ter
informações comprometedoras sobre os três magistrados da Suprema Corte
A presidente eleita, Dilma Rousseff,
rebate em nota todos os pontos em que foi citada na delação premiada do
ex-ministro Antônio Palocci; ela dá ênfase em desmentir Palocci sobre as
acusações de que ela teria participado de esquema voltado a dar
'facilidades' à Odebrecht; "A ficção criada pelo senhor Antonio Palocci
não se sustenta. A Odebrecht pagou 300% a mais pelo direito de explorar o
aeroporto do Galeão. Nenhuma empresa desembolsou tanto. Que benefício
ela obteria do governo Dilma Rousseff pagando a mais? Qual a lógica que
sustenta o relato absurdo do ex-ministro?", questiona Dilma; "A lógica
que move o senhor Antonio Palocci é a mesma que acomete outros delatores
presos por longos períodos. A colaboração implorada é o esforço de
sobrevivência e a busca por liberdade. Isso não significa que se amparem
em fatos e na verdade", diz ela
Editor do Tijolaço comenta a prisão de Geddel
Vieira Lima, parceiro de Michel Temer na arrecadação e distribuição de
propinas no PMDB, e lembra que a Globo, em toda a cobertura, diz que ele
foi "ministro de Lula"; "Geddel esteve no governo Lula por que o PMDB o
exigiu, pela mesma razão que esteve na Caixa, cota de Temer também
ocupada por Moreira Franco. Mas na antessala de Michel Temer, desde o
primeiro dia do golpe, esteve por livre opção – ou necessidade, como
mostrou o caso do ex-ministro Antonio Calero", diz Brito; "Lula é uma
obsessão da qual não se livram"; chargista Aroeira, um dos maiores do
País, retrata a cena
O jornalista Ricardo Noblat afirmou nesta
sexta-feira, 8, que o diretor de relações institucionais do grupo JBS,
Ricardo Saud, gravou deliberadamente a conversa com o empresário Joesley
Batista, que poderá lhe custar, e a executivos de sua empresa, a perda
dos benefícios da delação premiada e até a liberdade; "Saud meteu a
gravação em meio a documentos enviados recentemente ao procurador
Rodrigo Janot. Não foi também uma conversa de bêbados. O único bêbado
era Joesley, que não sabia que estava
Nenhum comentário:
Postar um comentário