Doença da Humanidade
Quando
eu me refiro, falo, escrevo sobre "FIM" e\ou sobre o meu PESSIMISMO
ABSOLUTO com relação a esta civilização, não estou me referindo a
apocalipses com data marcada ou catástrofes totais de uma hora para
outra. Refiro-me ao que alguns otimistas incuráveis (ou ingênuos, ou
hipócritas) classificariam como pequenos "acidentes de percurso". Para
mim, são os sintomas de uma doença fatal que se manifestam aos poucos,
bem aos poucos, até que, quando percebemos, é tarde demais.
Refiro-me
a coisas como o que fez o nosso (des)presidente Temer, a de extinguir
reservas gigantes na Amazônia e praticamente entregá-las às mineradoras,
como a Samarco (lembram?), entregá-las à sede insaciável do capitalismo
e à exploração e destruição que dela sempre resultam. Ainda que agora o
ato tenha sido suspenso, estou certo, lamentavelmente, de que, cedo ou
tarde, a região acabará nas mãos das mineradoras e a vida sobre-humana
que ali se ergue estará ameaçada pela miséria da cobiça.
E
eu poderia dar muitos outros exemplos. Esse é um caso, apenas um, um
dos muitos, incontáveis, sintomas da doença da humanidade a que me
refiro. É claro que eles não ocorrem somente no Brasil, e não são apenas
ambientais, mas sociais, humanos, psíquicos, econômicos, espirituais,
emocionais, o que queiram.
O
Fim é isso. Uma doença insidiosa, de sintomas isolados, que surgem e
ressurgem, aqui e ali, mas cada vez mais, cada vez piores. Como
costumam ser as doenças fatais, de início nem percebemos, ou não damos
atenção, ou não nos parece tão grave. Um sintoma aparece, depois passa,
some, e nos acreditamos saudáveis Às vezes, acreditamos numa cura, às
vezes até tentamos, mas há casos em que é tarde demais. Até que,
fatalmente, vem a Morte.
Mas a morte desta humanidade, desta civilização. O planeta continuará, em constante renovação.
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