Nutrólogo explica os perigos de uma má alimentação e a participação da gula em suas emoções
Se exceder na quantidade de comida e de bebida pode provocar um prazer enorme, por outro lado, traz consequências não tão agradáveis à saúde e bem-estar do nosso corpo, como o sobrepeso, obesidade e até a bulimia. Mas por que será que é tão difícil dizer não às tentações gastronômicas da geladeira, das padarias, restaurantes, supermercados e das ruas?
“a gula é de origem emocional, desencadeada principalmente por decepções. É como se a pessoa descontasse a sua frustração nos alimentos", explica o nutrólogo.
No caso da anorexia e bulimia, a gula pode ser responsável por desencadear os dois problemas, já que nesses casos o paciente passa a estabelecer uma relação deturpada com os alimentos em função de aspectos emocionais. "Ambas podem se manifestar quando a pessoa engorda demais em razão desta gulodice e para de comer ou rejeita os alimentos numa tentativa de perder peso", pontua o especialista.
“Fome é quando o corpo precisa do alimento para manter suas funções vitais. Gula é aquela vontade incontrolável de devorar um bombom ou comer um croissant, mesmo estando de barriga cheia”, ressalta. Esses deslizes, quando frequentes, têm o poder de atrasar o emagrecimento.
Quando o indivíduo come, o cérebro recebe uma carga de dopamina, hormônio responsável pelo prazer. “Ao olhar o alimento, fica com vontade de degustá-lo, porque o cérebro lembra-se do prazer que sente quando esta comida é consumida e aparece a vontade de comer determinado prato”.
Dr. Máximo Asinelli
MARMITA - Três
conceitos podem diferenciar a fome da vontade de comer: quantidade,
qualidade e programação. A quantidade está relacionada com a saciedade, o
quanto de comida vai satisfazer, então preste atenção aos sinais do
corpo e coma de forma consciente. Para comer menos, a qualidade tem que
ser boa, porque os alimentos de verdade dão mais saciedade que os
industrializados. Por isso, quanto mais alimentos naturais, mais
saciedade e menos comida.
Se
programe ao pensar na alimentação: quando entrar em um restaurante por
quilo, olhe todo o buffet antes de fazer o prato, prepare cardápios para
a sua semana e faça as compras de forma consciente.
Tá chegando a hora do almoço e bate aquela
vontade de comer um prato com arroz, feijão, carne e vegetais. Você
almoça e dali algumas horas, no meio da tarde, vem aquele desejo de
abrir um chocolate, certo? Já reparou que, para cada situação, o
alimento que queremos é diferente? É por isso que precisamos separar o
que é fome do que é vontade de comer. E não, nem sempre elas caminham
juntas, como diz o ditado.
Definimos fome, como a sensação física que ocorre pela necessidade urgente de comida. Ela resulta de uma série de estímulos, como a sensação de estômago vazio e também da presença de alguns hormônios, como a grelina, produzida pelo estômago e que age no cérebro, disparando a sensação de fome.
Já a vontade de comer vem de um mecanismo um pouco diferente. Ela está diretamente ligada aos mecanismos de recompensa cerebral. Um bom exemplo é o dos chocólatras, que ao ingerirem o tão amado doce ativam os centros de recompensa cerebrais relacionados ao prazer.
Estes centros de recompensa agem quando recebem um alimento rico em açúcar ou em gordura, como se estivessem recebendo uma droga. Liberam-se hormônios de bem estar, como a serotonina e a dopamina, que acabam amplificando a vontade de comer.
Pois é, o maior problema da vontade de comer é quando este comportamento leva à ingestão de excesso de calorias, o que leva ao ganho de peso. Essa vontade incontrolável de comer alimentos ricos em açúcar ou em gordura em diversos horários do dia – nem sempre os da refeição – muitas vezes aumenta muito a quantidade de calorias ingeridas. Por sua vez, a fome em excesso também pode desequilibrar o balanço energético, levando a um consumo de calorias maior que o gasto. Por isso, saber diferenciar quando é fome ou só desejo é essencial quando pensamos em corrigir nossos hábitos alimentares para perder peso. Lembre-se: é diferente uma pessoa que tem excesso de fome de outra em que predomina a vontade de comer.
Se o seu caso, no entanto, for uma fome avassaladora, é preciso reestruturar suas refeições.
Geralmente, há uma uma tendência de que o volume de alimentos no almoço
e no jantar seja maior, porque não há lanches nos intervalos entre as
refeições, o que leva a pessoa a ficar com mais fome por ficar longos
períodos sem comer. A solução aqui é introduzir snacks e avaliar a quantidade dos alimentos ingeridos.
Agora, se o padrão alimentar é mais ligado à vontade de comer, geralmente o hábito é o de beliscar o dia todo. A primeira medida é regularizar o intervalo entre as refeições e introduzir fibras na alimentação. Outra boa alternativa é trocar o açúcar por alimentos menos calóricos, como as frutas, quando a vontade de comer doce aparecer. Além disso, em alguns casos, é preciso avaliar se há necessidade de introduzir tratamento psicológico, pois muitas vezes o hábito de exagerar nos doces pode estar associado à ansiedade ou compulsão.
Temos muitos hábitos: hora de dormir, hora de acordar, jeito
de pentear o cabelo, maneira de escovar os dentes, e também, o hábito
alimentar. Identificando os padrões e a sua relação com a comida, você
consegue fazer uma reeducação alimentar de verdade e perder peso com
saúde, tá?
Leia também: Por que algumas pessoas perdem peso mais fácil do que outras?
Saiba diferenciar o que é fome do que é vontade de comer e emagreça
Pode parecer a mesma coisa, mas tem diferença!
Definimos fome, como a sensação física que ocorre pela necessidade urgente de comida. Ela resulta de uma série de estímulos, como a sensação de estômago vazio e também da presença de alguns hormônios, como a grelina, produzida pelo estômago e que age no cérebro, disparando a sensação de fome.
Já a vontade de comer vem de um mecanismo um pouco diferente. Ela está diretamente ligada aos mecanismos de recompensa cerebral. Um bom exemplo é o dos chocólatras, que ao ingerirem o tão amado doce ativam os centros de recompensa cerebrais relacionados ao prazer.
Estes centros de recompensa agem quando recebem um alimento rico em açúcar ou em gordura, como se estivessem recebendo uma droga. Liberam-se hormônios de bem estar, como a serotonina e a dopamina, que acabam amplificando a vontade de comer.
Pois é, o maior problema da vontade de comer é quando este comportamento leva à ingestão de excesso de calorias, o que leva ao ganho de peso. Essa vontade incontrolável de comer alimentos ricos em açúcar ou em gordura em diversos horários do dia – nem sempre os da refeição – muitas vezes aumenta muito a quantidade de calorias ingeridas. Por sua vez, a fome em excesso também pode desequilibrar o balanço energético, levando a um consumo de calorias maior que o gasto. Por isso, saber diferenciar quando é fome ou só desejo é essencial quando pensamos em corrigir nossos hábitos alimentares para perder peso. Lembre-se: é diferente uma pessoa que tem excesso de fome de outra em que predomina a vontade de comer.
Agora, se o padrão alimentar é mais ligado à vontade de comer, geralmente o hábito é o de beliscar o dia todo. A primeira medida é regularizar o intervalo entre as refeições e introduzir fibras na alimentação. Outra boa alternativa é trocar o açúcar por alimentos menos calóricos, como as frutas, quando a vontade de comer doce aparecer. Além disso, em alguns casos, é preciso avaliar se há necessidade de introduzir tratamento psicológico, pois muitas vezes o hábito de exagerar nos doces pode estar associado à ansiedade ou compulsão.
Leia também: Por que algumas pessoas perdem peso mais fácil do que outras?
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