Depois que a página de Facebook “Mulheres Unidas Contra o Boso” foi hackeada no sábado (15) e restaurada na tarde do domingo (16), a hashtag #EleNão viralizou entre eleitoras e eleitores que rejeitam o presidenciável do (PSL). Utilizada em frases explicando motivos para não votar no candidato, a hashtag se preocupou em não mencionar o nome de Boso, utilizando só a palavra ele, e juntou eleitores de vários partidos e vertentes políticas.
Segundo a assessoria da página Mulheres Unidas Contra o Boso, a criação e viralização da hashtag foi um movimento espontâneo que surgiu juntamente com as discussões do grupo nas redes sociais e explodiu após o hackeamento. “Não sabemos identificar exatamente quando teve início. A hashtag é uma consequência da indignação e uma forma legítima de manifestar que não é através do uso da força que nossos votos serão determinados”, afirmou a criadora do grupo, Ludimilla Teixeira.Diante disso, muitos famosos resolveram demonstrar apoio à campanha #EleNão e postaram em suas redes sociais a hashtag acompanhada de textos e imagens variadas contra Boso.
Um dos apoios à hashtag que chamou a atenção dos internautas foi o da jornalista coxinha Rachel Sheherazade. A apresentadora tem histórico de apoio a pautas conservadoras e foi duramente criticada por seus seguidores ao afirmar que não votará no Boso.
A frase é uma resposta a fala de general Mourão, vice do Boso; “ Casa só com ‘mãe e avó’ é ‘fábrica de desajustados’ para tráfico”.
Suplicy, candidato ao Senado pelo PT, também respondeu ao general Mourão com hashtag #EleNão. “As mulheres têm totais condições de cuidar das famílias e quase 30 milhões já são chefes de família. Mesmo entre os casais com filho, as mulheres chefes de família cresceram de 1 milhão em 2001 para 6,8 milhões em 2015. #EleNão”.
Artes
Surgiram inúmeras artes #EleNão e diversos grupos de designers e artistas visuais espalharam pela internet imagens variadas com a hashtag. Uma das mais famosas, e muito compartilhada (e poucas vezes creditada), foi a criada por Militão de Queiroz Filho, 32, estudante de Letras de Limoeiro do Norte, interior do Ceará.
Em entrevista à consultoria de cultura urbana ROLÊ o artista por trás da imagem explicou que pretendia ajudar o movimento e fazer a hashtag ganhar força a partir de uma arte que chamaria atenção, principalmente depois que viu o grupo de mulheres contra o Bozo ser hackeado. “Levei um susto, fiquei estático olhando pra tela do celular”, disse Militão quando percebeu que sua ideia tinha viralizado.
Ele tem uma loja de camisetas online, onde a arte #EleNão já está sendo vendida em diversos produtos. Militão que conheceu a hashtag através de um grupo LGBTS contra o candidato, diz se sentir chateado ao ver pessoas vendendo sua arte ou compartilhando sem mencionar o criador.
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