Fernando Haddad revelou na sabatina Uol/Folha/SBT na manhã desa segunda que procurou Ciro Gomes em janeiro deste ano para a composição de uma aliança, que em fevereiro levou o presidente do PDT, Carlos Luppi, para um encontro com Lula com a mesma agenda e que não só quer o apoio de Ciro no segundo turno como pretende que ele esteja em seu governo; assista a íntegra da entrevista
17 DE SETEMBRO DE 2018 Fernando Haddad revelou na sabatina Uol/Folha/SBT na manhã desa segunda que procurou Ciro Gomes em janeiro deste ano para a composição de uma aliança, que em fevereiro levou o presidente do PDT, Carlos Luppi, para um encontro com Lula com a mesma agenda e que não só quer o apoio de Ciro no segundo turno como pretende que ele esteja em seu governo.
"Eu procurei o Ciro em janeiro, falei com Mangabeira Unger [intelectual líder do PDT] na minha casa dizendo 'olha, nós temos que compor um campo de centro-esquerda e o Ciro caberia na chapa do Lula', isso sem consultar o presidente Lulas, mas querendo aproximá-los. Levei o Carlos Lupi [presidente do PDT] em fevereiro no Instituto Lula. Eu fui o que mais buscou aproximação de todas as partes da centro-esquerda para lutar contra esse obscurantismo que está aí. Eu continuarei lutando para que nós estejamos juntos. Não foi possível no primeiro turno, será possível no segundo e mais ainda no governo" -disse Haddad.
Ele confrontou o mercado na entrevista, ao ser questionado se atenderia ou não as demandas deste ente incensado pela imprensa conservadora: "O mercado apoiou o governo FHC, que dobrou a dívida pública. Por que não faz autocrítica? Chamar os pobres pra pagar as contas da crise não é razoável", disse. "Precisamos de algum tipo de aquecimento imediato. Aumenta a renda das famílias da média e baixa renda é fundamental", acrescentou.
Haddad elogiou a política econômico do governo Lula. "Nós sabemos que o Lula foi o presidente que mais reduziu a dívida pública e sem aumentar imposto".
Segundo o candidato, "chegou o momento de enfrentar os bancos. 80% do crédito na mão de cinco bancos. Existe uma cartelização". "Com a reforma bancária que nós vamos fazer, os juros vão cair muito para o tomador final", disse.
O presidenciável defendeu ainda a "Reforma tributária, inclusive o Fim do Teto (de Gastos)".
Ao comentar sobre a crise econômica, Haddad afirmou que "a instabilidade política fez o investimento privado retrair, o que prejudicou todo mundo". "Ato político da oposição", denunciou.
Lula
Haddad criticou a condenação do presidente Lula e ressaltou que o correligionário é um "grande conselheiro". "Foi o melhor presidente da história. Eu sou daqueles que acreditam nisso. Projetou o Brasil dignamente para o mundo. Considero ele um grande conselheiro. Vai ter um papel destacado em aconselhamento, falar de suas experiências. Ele vai ser ouvido. Jamais dispensaria a experiência de Lula", disse.
Haddad afirmou que acreditar que "Lula vai ter justiça". "Isso se transformou numa campanha internacional e a ONU deve julgar o mérito do caso Lula no primeiro semestre do ano que vem. O processo não tem sustentação. Centenas de juristas se debruçaram sobre o processo. É muito grave o que aconteceu no processo", continuou. "Vamos continuar lutando junto aos organismos internacionais que reconheçam a injustiça. Lula é meu interlocutor. É uma personalidade internacional", complementou.
Haddad também prometeu continuar com as investigações da Operação Lava Jato, mas com um aperfeiçoamento da lei, para "não permitir que inocentes passam constrangimento, que pessoas não fiquem com medo de represálias. "Pretendo aperfeiçoar uma parte da lei. Um delator mentiroso. Não está claro o que acontece com um mentiroso contumaz. Regras mais duras A lei ficou frágil em relação ao corruptor", disse;
Bolsonaro
Haddad criticou o vídeo divulgada pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em que o deputado federal fala em possíveis fraudes nas eleições deste ano. Segundo o candidato do PT, "não se deve contestar resultado eleitoral".
"Espero que o TSE se manifeste sobre as acusações. Quem garante a lisura do processo é o TSE. Existe um cansaço do País de sabotar o País. Estamos há quatro anos sabotando. Vamos passar mais quatro?", questionou.
Se eleito Bolsonaro vai criar o programa: " Minha arma minha vida"
Em vídeo no Facebook, Bolsonaro afirmou: "se coloquem no lugar do presidiário que está em Curitiba, com toda sua popularidade, com toda sua possível riqueza...você aceitaria passivamente, bovinamente, ir para a cadeia? Você não tentaria uma fuga? Se você não tentou fugir, é porque tem um plano B... Não consigo pensar em outra coisa a não ser um plano B se materializar numa fraude".
Também existe a possibilidade de fraude na eleição parlamentar, segundo Bolsonaro. "O Haddad sendo eleito presidente, ele assina, no mesmo minuto da posse, o indulto do Lula e depois o nomeia chefe da Casa Civil".
Alianças
Questionado se o MDB entraria na sua base aliada, Haddad afirmou que acha difícil o partido "manter a unidade depois do governo Temer". "Não vejo condições de continuarem juntos. Provavelmente haverá reforma partidária por causa do fim da cláusula de barreira, doação empresarial".
Sobre um possível apoio do chamado "centrão", o presidenciável disse que o bloco "quer mais do mesmo".
Haddad comentou ainda sobre o seu perfil, tido como "menos político na comparação com Lula. "Nunca perdi um projeto no Congresso Nacional. Vamos começar com o campo democrático popular. Interlocução com governadores do PSB, que teve mudança de postura importante".
General Eduardo Villas Bôas
O candidato teceu críticas à declaração do comandante do Exército, general Villas Bôas. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o militar disse que "a legitimidade do novo governo" poderia ser questionada se o ex-presidente Lula fosse candidato ao Palácio do Planalto.
Segundo Haddad, o general manifestou uma posição dessa "porque não há autoridade" no País. "Quando um presidente não tem autoridade, o pessoal fala pelos cotovelos", acrescentou.
Fernando Haddad revelou na sabatina Uol/Folha/SBT na manhã desa segunda que procurou Ciro Gomes em janeiro deste ano para a composição de uma aliança, que em fevereiro levou o presidente do PDT, Carlos Luppi, para um encontro com Lula com a mesma agenda e que não só quer o apoio de Ciro no segundo turno como pretende que ele esteja em seu governo; assista a íntegra da entrevista
17 DE SETEMBRO DE 2018 Fernando Haddad revelou na sabatina Uol/Folha/SBT na manhã desa segunda que procurou Ciro Gomes em janeiro deste ano para a composição de uma aliança, que em fevereiro levou o presidente do PDT, Carlos Luppi, para um encontro com Lula com a mesma agenda e que não só quer o apoio de Ciro no segundo turno como pretende que ele esteja em seu governo.
"Eu procurei o Ciro em janeiro, falei com Mangabeira Unger [intelectual líder do PDT] na minha casa dizendo 'olha, nós temos que compor um campo de centro-esquerda e o Ciro caberia na chapa do Lula', isso sem consultar o presidente Lulas, mas querendo aproximá-los. Levei o Carlos Lupi [presidente do PDT] em fevereiro no Instituto Lula. Eu fui o que mais buscou aproximação de todas as partes da centro-esquerda para lutar contra esse obscurantismo que está aí. Eu continuarei lutando para que nós estejamos juntos. Não foi possível no primeiro turno, será possível no segundo e mais ainda no governo" -disse Haddad.
Ele confrontou o mercado na entrevista, ao ser questionado se atenderia ou não as demandas deste ente incensado pela imprensa conservadora: "O mercado apoiou o governo FHC, que dobrou a dívida pública. Por que não faz autocrítica? Chamar os pobres pra pagar as contas da crise não é razoável", disse. "Precisamos de algum tipo de aquecimento imediato. Aumenta a renda das famílias da média e baixa renda é fundamental", acrescentou.
Haddad elogiou a política econômico do governo Lula. "Nós sabemos que o Lula foi o presidente que mais reduziu a dívida pública e sem aumentar imposto".
Segundo o candidato, "chegou o momento de enfrentar os bancos. 80% do crédito na mão de cinco bancos. Existe uma cartelização". "Com a reforma bancária que nós vamos fazer, os juros vão cair muito para o tomador final", disse.
O presidenciável defendeu ainda a "Reforma tributária, inclusive o Fim do Teto (de Gastos)".
Ao comentar sobre a crise econômica, Haddad afirmou que "a instabilidade política fez o investimento privado retrair, o que prejudicou todo mundo". "Ato político da oposição", denunciou.
Lula
Haddad criticou a condenação do presidente Lula e ressaltou que o correligionário é um "grande conselheiro". "Foi o melhor presidente da história. Eu sou daqueles que acreditam nisso. Projetou o Brasil dignamente para o mundo. Considero ele um grande conselheiro. Vai ter um papel destacado em aconselhamento, falar de suas experiências. Ele vai ser ouvido. Jamais dispensaria a experiência de Lula", disse.
Haddad afirmou que acreditar que "Lula vai ter justiça". "Isso se transformou numa campanha internacional e a ONU deve julgar o mérito do caso Lula no primeiro semestre do ano que vem. O processo não tem sustentação. Centenas de juristas se debruçaram sobre o processo. É muito grave o que aconteceu no processo", continuou. "Vamos continuar lutando junto aos organismos internacionais que reconheçam a injustiça. Lula é meu interlocutor. É uma personalidade internacional", complementou.
Haddad também prometeu continuar com as investigações da Operação Lava Jato, mas com um aperfeiçoamento da lei, para "não permitir que inocentes passam constrangimento, que pessoas não fiquem com medo de represálias. "Pretendo aperfeiçoar uma parte da lei. Um delator mentiroso. Não está claro o que acontece com um mentiroso contumaz. Regras mais duras A lei ficou frágil em relação ao corruptor", disse;
Bolsonaro
Haddad criticou o vídeo divulgada pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em que o deputado federal fala em possíveis fraudes nas eleições deste ano. Segundo o candidato do PT, "não se deve contestar resultado eleitoral".
"Espero que o TSE se manifeste sobre as acusações. Quem garante a lisura do processo é o TSE. Existe um cansaço do País de sabotar o País. Estamos há quatro anos sabotando. Vamos passar mais quatro?", questionou.
Se eleito Bolsonaro vai criar o programa: " Minha arma minha vida"
Em vídeo no Facebook, Bolsonaro afirmou: "se coloquem no lugar do presidiário que está em Curitiba, com toda sua popularidade, com toda sua possível riqueza...você aceitaria passivamente, bovinamente, ir para a cadeia? Você não tentaria uma fuga? Se você não tentou fugir, é porque tem um plano B... Não consigo pensar em outra coisa a não ser um plano B se materializar numa fraude".
Também existe a possibilidade de fraude na eleição parlamentar, segundo Bolsonaro. "O Haddad sendo eleito presidente, ele assina, no mesmo minuto da posse, o indulto do Lula e depois o nomeia chefe da Casa Civil".
Alianças
Questionado se o MDB entraria na sua base aliada, Haddad afirmou que acha difícil o partido "manter a unidade depois do governo Temer". "Não vejo condições de continuarem juntos. Provavelmente haverá reforma partidária por causa do fim da cláusula de barreira, doação empresarial".
Sobre um possível apoio do chamado "centrão", o presidenciável disse que o bloco "quer mais do mesmo".
Haddad comentou ainda sobre o seu perfil, tido como "menos político na comparação com Lula. "Nunca perdi um projeto no Congresso Nacional. Vamos começar com o campo democrático popular. Interlocução com governadores do PSB, que teve mudança de postura importante".
General Eduardo Villas Bôas
O candidato teceu críticas à declaração do comandante do Exército, general Villas Bôas. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o militar disse que "a legitimidade do novo governo" poderia ser questionada se o ex-presidente Lula fosse candidato ao Palácio do Planalto.
Segundo Haddad, o general manifestou uma posição dessa "porque não há autoridade" no País. "Quando um presidente não tem autoridade, o pessoal fala pelos cotovelos", acrescentou.
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