4.08.2009

Hiperplasia benigna de próstata (HBP),

O que é

O crescimento benigno da glândula prostática, chamado de hiperplasia benigna de próstata (HBP),é uma doença comum entre homens idosos. Ela ocorre em até 70% dos homens acima de 60 anos e para 30% deles é necessário tratamento com medicação ou cirurgia. Fatores como a idade e a presença da testosterona podem influenciar o crescimento próstatico.


O que ocorre

Normalmente o aumento da próstata acontece de forma lenta e gradual. Ao crescer, a glândula prostática comprime a uretra ocasionando a obstrução do jato de urina e, como conseqüência, a bexiga precisa aumentar seu esforço para esvaziar. A evolução da doença pode causar retenção urinária crônica e perda de urina durante o sono. Por vezes acontece a retenção urinária aguda e, nesses casos, pode ser necessário o esvaziamento da bexiga com sondas. Podem acontecer também, em decorrência do aumento prostático, complicações como pedras na bexiga, infecções urinárias, piora da função renal e perda de sangue pela urina.


Sintomas

Os sintomas do aumento da próstata são chamados de prostatismo e os mais freqüentes são:

Urgência de urinar
Demora ou dificuldade de iniciar a micção
Aumento da freqüência de urinar, principalmente à noite
Jato fino e fraco
Incontinência urinária
Micção prolongada
Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
Retenção urinária


Diagnóstico

A doença mais comum da próstata é a Hiperplasia Prostática Benigna, que ocorre em cerca de 80 % dos homens idosos. Uma grande parcela destes homens precisa de tratamento para alívio dos sintomas decorrentes da Hiperplasia, conhecidos como prostatismo. Atualmente existe uma grande variedade de exames disponíveis para o diagnóstico das doenças da próstata, como o exame digital, o PSA, a Ultra-sonografia, Urofluxometria, a Urodinâmica, a Vídeo-urodinâmica e a Sono-urodinâmica. Este último foi desenvolvido pelo Dr. Fabricio Borges Carrerette na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em tese de Mestrado e se mostrou excelente para avaliação da Hiperplasia Prostática (HPB).


Tratamento

O tratamento da HPB pode ser realizado através de medicamentos - relaxantes musculares da próstata - que facilitam o ato de urinar e inibidores hormonais - que podem diminuir o tamanho da próstata. A cirurgia, recomendada somente para os casos que não respondem ao tratamento clínico ou que evoluem com complicações – cerca de 30% dos pacientes -, na maioria das vezes é feita através da uretra, sem incisão. Exames precisos como a Vídeo-Urodinâmica, a Sonouretrografia e a Sono-urodinâmica têm se destacado na avaliação da necessidade ou não de se realizar a cirurgia.


ATENÇÃO: Todo homem acima de 45 anos de idade deve procurar o urologista anualmente, para se submeter ao exame preventivo da próstata, a única maneira de diagnosticar precocemente qualquer alteração.

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Antiandrogênico

Cientistas descobrem nova droga antiandrogênica para tratamento do câncer de próstata. Em testes clínicos iniciais, 43% dos pacientes tiveram redução de mais de 50% nos níveis de PSA.

Uma nova droga que se liga ao receptor de androgênio é a mais nova promessa para o tratamento de câncer de próstata em estado avançado, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (7/4) e que será publicado esta semana no site da revista Science.

Conduzido por 19 cientistas de diversas instituições de pesquisa nos Estados Unidos, o estudo conseguiu desenvolver uma segunda geração de antiandrogênico - que diminui a ação de hormônios masculinos - em um composto a que deram o nome de MDV3100.

Homens com câncer de próstata em estágio avançado são frequentemente tratados com medicamentos que inibem a atividade dos hormônios masculinos, como a testosterona, que atuam diretamente no aumento desse tipo de tumor.

Forma agressiva da doença

"Câncer de próstata metastático é tratado com drogas que antagonizam a ação androgênica, mas a maior parte dos pacientes progride para uma forma mais agressiva da doença, chamada de câncer de próstata resistente à castração, que é promovida pela expressão elevada do receptor de androgênio", descreveram os autores.

Ou seja, apesar de tais medicamentos interromperem o receptor de androgênio, que ajuda a regular a multiplicação celular, com o tempo os tumores conseguem superar esse efeito ao expressar níveis ainda mais elevados do receptor. E é nesse ponto que o estudo centrou sua atuação.

Dois novos medicamentos

O MDV3100 foi descoberto por um grupo liderado por Charles Sawyers, do Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering, e por Michael Jung, da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Ele se liga ao receptor e mantém sua atividade anticâncer tanto em cultura celular como em modelos animais (em camundongos, no caso do estudo). A atividade é mantida até mesmo quando os níveis de receptores são elevados.

Os pesquisadores também descobriram outra droga, o RD162, que analisaram em camundongos, mas não em testes clínicos. Os dois compostos, segundo a pesquisa, aparentemente atuam ao inibir os movimentos dos receptores no núcleo celular e reduzir a atividade transcricional - síntese enzimática do RNA mensageiro a partir do DNA.

De acordo com os pesquisadores, as duas novas drogas conseguiram se ligar ao receptor androgênico e atuar mais eficientemente do que a bicalutamida, medicamento comumente usado em hormonioterapia para câncer de próstata.

Testes clínicos

O MDV3100 já está sendo testado clinicamente em pacientes com câncer de próstata avançado. De acordo com os cientistas envolvidos no trabalho, o primeiro grupo de pacientes apresentou um declínio expressivo nos níveis de PSA (antígeno prostático específico), usado como marcador do crescimento do câncer. De 30 pacientes, 13 tiveram redução de mais de 50% nos níveis de PSA.

Os testes ainda estão nas fases 1 e 2, nas quais a droga é avaliada em questões como segurança, efeitos colaterais e indicações iniciais de eficiência. A fase 3, mais abrangente e completa, deverá ser iniciada ainda este ano.

Fonte: Diário da Saúde

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