Benefícios do chá verde à saúde
Vários estudos recentes, além de revelarem o papel do chá verde na diminuição de gordura corporal, têm atribuído também uma série de benefícios à saúde a esta bebida.
Negishi et al.38 observaram, em ratos hipertensos propensos a desenvolverem derrame, o efeito protetor dos polifenóis dos chás preto e verde e constataram que os polifenóis destes chás atenuaram o desenvolvimento da hipertensão arterial.
Tais efeitos, provavelmente se deram pelas propriedades antioxidantes das catequinas. Já é sabido que o estresse oxidativo está envolvido não somente com doenças cardiovasculares, mas com a hipertensão arterial.Estudos epidemiológicos indicaram que o consumo de chá leva à redução na pressão sangüínea.
Um dos mecanismos propostos nessa linha de discussão refere-se à atuação dos polifenóis, das catequinas e dos flavonóis presentes no chá como eliminadores de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico, bem como quelantes de metais de transição.
Outro mecanismo regulatório associado à contração do músculo liso é a fosforilação/defosforilação da cadeia leve da miosina e a atividade da enzima catalase, um varredor específico de peróxido de hidrogênio.
Vinson & Dabbagh39 compararam o efeito da suplementação dietética de chá verde e chá preto nos níveis e na oxidação de lipídios plasmáticos de hamsters que receberam dieta normal e com alto teor de colesterol.
Observaram que as duas bebidas diminuíram os fatores de risco para doenças cardiovasculares em animais normais e hipercolesterolêmicos.
Neste estudo ainda foi enfatizado que, se fossem consumidas catequinas em quantidades equivalentes a 4 a 7 xícaras por dia, elas apresentariam efeito hipolipidêmico, antioxidante e possivelmente fibrinolítico e deste modo, produziriam o mecanismo pelo qual se explicariam os benefícios do chá para as doenças cardíacas.
As catequinas do chá verde, já citadas anteriormente, como: EC, EGC, GEC e GEGC podem ser epimerizadas durante o tratamento térmico a catequinas (C), galocatequinas (GC), galato de catequina (GC) e galato de galocatequina (GGC) em dislipidemias. Ikeda et al.40 compararam em ratos, cuja dieta era hipolipídica, os efeitos das catequinas ricas em (-)-GEC, (-)-GEGC, (-)-GC e (-)-GGC. Tais autores observaram que independentemente do processamento térmico, as catequinas impediram a hipertrigliceridemia pós-prandial, provavelmente por diminuir a capacidade ou velocidade de absorção dos triglicerídeos no intestino pela inibição direta da lipase pancreática. A hipertrigliceridemia pós-prandial é um fator de risco para a doença coronariana e os resultados obtidos sugerem que as catequinas que apresentam os grupamentos galoil podem prevenir tal doença.
Löest et al.41 investigaram se o extrato de chá verde poderia ser utilizado para inibir a absorção intestinal de colesterol em ratas ovarectomizadas e se afetaria a absorção de α-tocoferol e ácidos graxos. Os achados revelaram que o extrato de chá verde contendo de 42,9 a 120,5mg de catequinas, pode diminuir significantemente a absorção intestinal de colesterol e α-tocoferol.
Contudo, estudos adicionais devem ser realizados para delinearem os mecanismos precisos, além de identificarem os constituintes ativos, incluindo catequinas e cafeína deste extrato, que influenciariam a absorção de lipídios.
Henning et al.42 avaliaram em indivíduos, a farmacocinética de flavanóis do chá e seu efeito antioxidante no plasma, 8 horas após o consumo de chá verde, chá preto e suplemento de extrato de chá verde. Os resultados revelaram uma melhor absorção dos flavanóis e um significante incremento na atividade antioxidante no plasma, quando os polifenóis do chá foram administrados na forma de suplemento em cápsula, quando comparado com a infusão. Concluíram, então, que a formação de metabólitos de flavanóis possa ter contribuído para o efeito antioxidante e que o suplemento do extrato de chá verde manteve os efeitos benéficos dos chás verde e preto.
Contudo, devem-se levar em consideração os possíveis efeitos adversos decorrentes da utilização do chá verde, conforme o descrito abaixo, por longos períodos ou acima das doses recomendadas, que fica em torno de 4-6 xícaras por dia43.
Efeitos adversos atribuídos ao chá verde:
Entre os efeitos adversos do chá verde, Bartels et al.22 relataram que o consumo, por 5 anos, de chá obtido diariamente de 65g de folhas, pode levar à disfunção hepática, a problemas gastrointestinais como constipação e até mesmo, à diminuição do apetite, insônia, hiperatividade, nervosismo, hipertensão, aumento dos batimentos cardíacos e irritação gástrica.
Os autores ainda complementam que altas doses podem causar efeitos adversos significantes pelo conteúdo de cafeína, especificamente palpitações, dor de cabeça e vertigem.
Segundo Shlonsky et al.44, a cafeína pode gerar efeitos como insônia e complicações gastrointestinais.
Apesar de não existirem evidências de que a ingestão de cafeína em doses moderadas (~300mg/dia) seja prejudicial à saúde de um indivíduo normal, esta substância vem sendo continuamente estudada, pois persistem muitas dúvidas e controvérsias quanto aos seus efeitos adversos à saúde43,44. Alguns estudos recomendam que sua ingestão diária seja em doses moderadas (até 300mg/dia)45.
A American Dietetic Association43 sugere o consumo de 4-6 xícaras de chá verde ao dia, a fim de obter os efeitos benéficos do chá verde à saúde, como na prevenção de certos tipos de câncer.
A forma de preparo também deverá ser considerada, devendo-se esquentar a água até pouco antes da ebulição e despejá-la nas folhas de chá bem devagar e do alto, o que ajuda na redução do processo oxidativo. A infusão deverá ficar abafada por um período de 2-3 minutos.
O armazenamento por longo tempo também não é recomendado, pois ocorre perda dos compostos fenólicos. A proporção de água e ervas deve ser a seguinte: para cada litro de água, quatro colheres de sopa de erva fresca ou duas colheres de erva seca.
Outra sugestão é que deve ser consumido entre as refeições para não interferir na biodisponibilidade de nutrientes provenientes das grandes refeições.
A redução de gordura corporal tem sido relatada como fator importante para a melhora do quadro de obesidade, e dentre os fatores envolvidos neste processo, a utilização do chá verde tem se mostrado de grande utilidade.
Os possíveis efeitos benéficos do consumo do chá verde para a saúde têm sido sugeridos em alguns estudos experimentais e epidemiológicos.
O mecanismo pelo qual o chá verde possa diminuir o percentual de gordura corporal ainda não está elucidado, porém existem várias hipóteses, conforme apresentadas nesta revisão.
Adicionalmente, ainda não existe um consenso quanto à dose e ao modo de administração ideais da utilização deste tipo de chá/suplemento para o tratamento ou a prevenção de obesidade.
Com relação ao desenvolvimento de estudos com chá verde pode-se encontrar algumas dificuldades metodológicas.
Como exemplo, se o trabalho envolver seres humanos pode apresentar alguns fatores de confusão, como ingestão de diferentes fontes de lipídeos e de cafeína, estilo de vida, dentre outros.
A maior discussão envolvendo estudo com animais refere-se às doses de catequinas oferecidas, normalmente maiores do que as utilizadas em humanos que consomem o chá.
Diante do exposto, afirma-se que tal assunto merece intensa investigação científica.
Novas metodologias em nutrição estão sendo desenvolvidas, como, por exemplo: estudo com genes e transdução de sinais pela nutrigenômica e proteômica.
Adicionalmente, estudos com novos alimentos e caracterização de compostos bioativos ainda pouco explorados ou inéditos podem ser conduzidos no chá verde, em outros tipos de chá e em outros alimentos funcionais.
Finalmente, com o objetivo de obter redução de gordura corporal torna-se importante aliar o consumo do chá verde a um plano alimentar equilibrado, além da prática freqüente de atividade física, consideradas condutas favoráveis para acelerar o metabolismo energético.
Vários estudos recentes, além de revelarem o papel do chá verde na diminuição de gordura corporal, têm atribuído também uma série de benefícios à saúde a esta bebida.
Negishi et al.38 observaram, em ratos hipertensos propensos a desenvolverem derrame, o efeito protetor dos polifenóis dos chás preto e verde e constataram que os polifenóis destes chás atenuaram o desenvolvimento da hipertensão arterial.
Tais efeitos, provavelmente se deram pelas propriedades antioxidantes das catequinas. Já é sabido que o estresse oxidativo está envolvido não somente com doenças cardiovasculares, mas com a hipertensão arterial.Estudos epidemiológicos indicaram que o consumo de chá leva à redução na pressão sangüínea.
Vários estudos recentes, além de revelarem o papel do chá verde na diminuição de gordura corporal, têm atribuído também uma série de benefícios à saúde a esta bebida.
Negishi et al.38 observaram, em ratos hipertensos propensos a desenvolverem derrame, o efeito protetor dos polifenóis dos chás preto e verde e constataram que os polifenóis destes chás atenuaram o desenvolvimento da hipertensão arterial.
Tais efeitos, provavelmente se deram pelas propriedades antioxidantes das catequinas. Já é sabido que o estresse oxidativo está envolvido não somente com doenças cardiovasculares, mas com a hipertensão arterial.Estudos epidemiológicos indicaram que o consumo de chá leva à redução na pressão sangüínea.
Um dos mecanismos propostos nessa linha de discussão refere-se à atuação dos polifenóis, das catequinas e dos flavonóis presentes no chá como eliminadores de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico, bem como quelantes de metais de transição.
Outro mecanismo regulatório associado à contração do músculo liso é a fosforilação/defosforilação da cadeia leve da miosina e a atividade da enzima catalase, um varredor específico de peróxido de hidrogênio.
Vinson & Dabbagh39 compararam o efeito da suplementação dietética de chá verde e chá preto nos níveis e na oxidação de lipídios plasmáticos de hamsters que receberam dieta normal e com alto teor de colesterol.
Observaram que as duas bebidas diminuíram os fatores de risco para doenças cardiovasculares em animais normais e hipercolesterolêmicos.
Neste estudo ainda foi enfatizado que, se fossem consumidas catequinas em quantidades equivalentes a 4 a 7 xícaras por dia, elas apresentariam efeito hipolipidêmico, antioxidante e possivelmente fibrinolítico e deste modo, produziriam o mecanismo pelo qual se explicariam os benefícios do chá para as doenças cardíacas.
As catequinas do chá verde, já citadas anteriormente, como: EC, EGC, GEC e GEGC podem ser epimerizadas durante o tratamento térmico a catequinas (C), galocatequinas (GC), galato de catequina (GC) e galato de galocatequina (GGC) em dislipidemias. Ikeda et al.40 compararam em ratos, cuja dieta era hipolipídica, os efeitos das catequinas ricas em (-)-GEC, (-)-GEGC, (-)-GC e (-)-GGC. Tais autores observaram que independentemente do processamento térmico, as catequinas impediram a hipertrigliceridemia pós-prandial, provavelmente por diminuir a capacidade ou velocidade de absorção dos triglicerídeos no intestino pela inibição direta da lipase pancreática. A hipertrigliceridemia pós-prandial é um fator de risco para a doença coronariana e os resultados obtidos sugerem que as catequinas que apresentam os grupamentos galoil podem prevenir tal doença.
Löest et al.41 investigaram se o extrato de chá verde poderia ser utilizado para inibir a absorção intestinal de colesterol em ratas ovarectomizadas e se afetaria a absorção de α-tocoferol e ácidos graxos. Os achados revelaram que o extrato de chá verde contendo de 42,9 a 120,5mg de catequinas, pode diminuir significantemente a absorção intestinal de colesterol e α-tocoferol.
Contudo, estudos adicionais devem ser realizados para delinearem os mecanismos precisos, além de identificarem os constituintes ativos, incluindo catequinas e cafeína deste extrato, que influenciariam a absorção de lipídios.
Henning et al.42 avaliaram em indivíduos, a farmacocinética de flavanóis do chá e seu efeito antioxidante no plasma, 8 horas após o consumo de chá verde, chá preto e suplemento de extrato de chá verde. Os resultados revelaram uma melhor absorção dos flavanóis e um significante incremento na atividade antioxidante no plasma, quando os polifenóis do chá foram administrados na forma de suplemento em cápsula, quando comparado com a infusão. Concluíram, então, que a formação de metabólitos de flavanóis possa ter contribuído para o efeito antioxidante e que o suplemento do extrato de chá verde manteve os efeitos benéficos dos chás verde e preto.
Contudo, devem-se levar em consideração os possíveis efeitos adversos decorrentes da utilização do chá verde, conforme o descrito abaixo, por longos períodos ou acima das doses recomendadas, que fica em torno de 4-6 xícaras por dia43.
Efeitos adversos atribuídos ao chá verde:
Entre os efeitos adversos do chá verde, Bartels et al.22 relataram que o consumo, por 5 anos, de chá obtido diariamente de 65g de folhas, pode levar à disfunção hepática, a problemas gastrointestinais como constipação e até mesmo, à diminuição do apetite, insônia, hiperatividade, nervosismo, hipertensão, aumento dos batimentos cardíacos e irritação gástrica.
Os autores ainda complementam que altas doses podem causar efeitos adversos significantes pelo conteúdo de cafeína, especificamente palpitações, dor de cabeça e vertigem.
Segundo Shlonsky et al.44, a cafeína pode gerar efeitos como insônia e complicações gastrointestinais.
Apesar de não existirem evidências de que a ingestão de cafeína em doses moderadas (~300mg/dia) seja prejudicial à saúde de um indivíduo normal, esta substância vem sendo continuamente estudada, pois persistem muitas dúvidas e controvérsias quanto aos seus efeitos adversos à saúde43,44. Alguns estudos recomendam que sua ingestão diária seja em doses moderadas (até 300mg/dia)45.
A American Dietetic Association43 sugere o consumo de 4-6 xícaras de chá verde ao dia, a fim de obter os efeitos benéficos do chá verde à saúde, como na prevenção de certos tipos de câncer.
A forma de preparo também deverá ser considerada, devendo-se esquentar a água até pouco antes da ebulição e despejá-la nas folhas de chá bem devagar e do alto, o que ajuda na redução do processo oxidativo. A infusão deverá ficar abafada por um período de 2-3 minutos.
O armazenamento por longo tempo também não é recomendado, pois ocorre perda dos compostos fenólicos. A proporção de água e ervas deve ser a seguinte: para cada litro de água, quatro colheres de sopa de erva fresca ou duas colheres de erva seca.
Outra sugestão é que deve ser consumido entre as refeições para não interferir na biodisponibilidade de nutrientes provenientes das grandes refeições.
A redução de gordura corporal tem sido relatada como fator importante para a melhora do quadro de obesidade, e dentre os fatores envolvidos neste processo, a utilização do chá verde tem se mostrado de grande utilidade.
Os possíveis efeitos benéficos do consumo do chá verde para a saúde têm sido sugeridos em alguns estudos experimentais e epidemiológicos.
O mecanismo pelo qual o chá verde possa diminuir o percentual de gordura corporal ainda não está elucidado, porém existem várias hipóteses, conforme apresentadas nesta revisão.
Adicionalmente, ainda não existe um consenso quanto à dose e ao modo de administração ideais da utilização deste tipo de chá/suplemento para o tratamento ou a prevenção de obesidade.
Com relação ao desenvolvimento de estudos com chá verde pode-se encontrar algumas dificuldades metodológicas.
Como exemplo, se o trabalho envolver seres humanos pode apresentar alguns fatores de confusão, como ingestão de diferentes fontes de lipídeos e de cafeína, estilo de vida, dentre outros.
A maior discussão envolvendo estudo com animais refere-se às doses de catequinas oferecidas, normalmente maiores do que as utilizadas em humanos que consomem o chá.
Diante do exposto, afirma-se que tal assunto merece intensa investigação científica.
Novas metodologias em nutrição estão sendo desenvolvidas, como, por exemplo: estudo com genes e transdução de sinais pela nutrigenômica e proteômica.
Adicionalmente, estudos com novos alimentos e caracterização de compostos bioativos ainda pouco explorados ou inéditos podem ser conduzidos no chá verde, em outros tipos de chá e em outros alimentos funcionais.
Finalmente, com o objetivo de obter redução de gordura corporal torna-se importante aliar o consumo do chá verde a um plano alimentar equilibrado, além da prática freqüente de atividade física, consideradas condutas favoráveis para acelerar o metabolismo energético.
Vários estudos recentes, além de revelarem o papel do chá verde na diminuição de gordura corporal, têm atribuído também uma série de benefícios à saúde a esta bebida.
Negishi et al.38 observaram, em ratos hipertensos propensos a desenvolverem derrame, o efeito protetor dos polifenóis dos chás preto e verde e constataram que os polifenóis destes chás atenuaram o desenvolvimento da hipertensão arterial.
Tais efeitos, provavelmente se deram pelas propriedades antioxidantes das catequinas. Já é sabido que o estresse oxidativo está envolvido não somente com doenças cardiovasculares, mas com a hipertensão arterial.Estudos epidemiológicos indicaram que o consumo de chá leva à redução na pressão sangüínea.
Um dos mecanismos propostos nessa linha de discussão refere-se à atuação dos polifenóis, das catequinas e dos flavonóis presentes no chá como eliminadores de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico, bem como quelantes de metais de transição.
Outro mecanismo regulatório associado à contração do músculo liso é a fosforilação/defosforilação da cadeia leve da miosina e a atividade da enzima catalase, um varredor específico de peróxido de hidrogênio.
Vinson & Dabbagh39 compararam o efeito da suplementação dietética de chá verde e chá preto nos níveis e na oxidação de lipídios plasmáticos de hamsters que receberam dieta normal e com alto teor de colesterol.
Observaram que as duas bebidas diminuíram os fatores de risco para doenças cardiovasculares em animais normais e hipercolesterolêmicos.
Neste estudo ainda foi enfatizado que, se fossem consumidas catequinas em quantidades equivalentes a 4 a 7 xícaras por dia, elas apresentariam efeito hipolipidêmico, antioxidante e possivelmente fibrinolítico e deste modo, produziriam o mecanismo pelo qual se explicariam os benefícios do chá para as doenças cardíacas.
As catequinas do chá verde, já citadas anteriormente, como: EC, EGC, GEC e GEGC podem ser epimerizadas durante o tratamento térmico a catequinas (C), galocatequinas (GC), galato de catequina (GC) e galato de galocatequina (GGC) em dislipidemias. Ikeda et al.40 compararam em ratos, cuja dieta era hipolipídica, os efeitos das catequinas ricas em (-)-GEC, (-)-GEGC, (-)-GC e (-)-GGC.
Tais autores observaram que independentemente do processamento térmico, as catequinas impediram a hipertrigliceridemia pós-prandial, provavelmente por diminuir a capacidade ou velocidade de absorção dos triglicerídeos no intestino pela inibição direta da lipase pancreática.
A hipertrigliceridemia pós-prandial é um fator de risco para a doença coronariana e os resultados obtidos sugerem que as catequinas que apresentam os grupamentos galoil podem prevenir tal doença.
Löest et al.41 investigaram se o extrato de chá verde poderia ser utilizado para inibir a absorção intestinal de colesterol em ratas ovarectomizadas e se afetaria a absorção de α-tocoferol e ácidos graxos.
Os achados revelaram que o extrato de chá verde contendo de 42,9 a 120,5mg de catequinas, pode diminuir significantemente a absorção intestinal de colesterol e α-tocoferol.
Contudo, estudos adicionais devem ser realizados para delinearem os mecanismos precisos, além de identificarem os constituintes ativos, incluindo catequinas e cafeína deste extrato, que influenciariam a absorção de lipídios.
Henning et al.42 avaliaram em indivíduos, a farmacocinética de flavanóis do chá e seu efeito antioxidante no plasma, 8 horas após o consumo de chá verde, chá preto e suplemento de extrato de chá verde.
Os resultados revelaram uma melhor absorção dos flavanóis e um significante incremento na atividade antioxidante no plasma, quando os polifenóis do chá foram administrados na forma de suplemento em cápsula, quando comparado com a infusão.
Concluíram, então, que a formação de metabólitos de flavanóis possa ter contribuído para o efeito antioxidante e que o suplemento do extrato de chá verde manteve os efeitos benéficos dos chás verde e preto.
Contudo, devem-se levar em consideração os possíveis efeitos adversos decorrentes da utilização do chá verde, conforme o descrito abaixo, por longos períodos ou acima das doses recomendadas, que fica em torno de 4-6 xícaras por dia43.
Efeitos adversos atribuídos ao chá verde
Entre os efeitos adversos do chá verde, Bartels et al.22 relataram que o consumo, por 5 anos, de chá obtido diariamente de 65g de folhas, pode levar à disfunção hepática, a problemas gastrointestinais como constipação e até mesmo, à diminuição do apetite, insônia, hiperatividade, nervosismo, hipertensão, aumento dos batimentos cardíacos e irritação gástrica.
Os autores ainda complementam que altas doses podem causar efeitos adversos significantes pelo conteúdo de cafeína, especificamente palpitações, dor de cabeça e vertigem.Segundo Shlonsky et al.44, a cafeína pode gerar efeitos como insônia e complicações gastrointestinais.
Apesar de não existirem evidências de que a ingestão de cafeína em doses moderadas (~300mg/dia) seja prejudicial à saúde de um indivíduo normal, esta substância vem sendo continuamente estudada, pois persistem muitas dúvidas e controvérsias quanto aos seus efeitos adversos à saúde43,44. Alguns estudos recomendam que sua ingestão diária seja em doses moderadas (até 300mg/dia)45.
A American Dietetic Association 43 sugere o consumo de 4-6 xícaras de chá verde ao dia, a fim de obter os efeitos benéficos do chá verde à saúde, como na prevenção de certos tipos de câncer.
A forma de preparo também deverá ser considerada, devendo-se esquentar a água até pouco antes da ebulição e despejá-la nas folhas de chá bem devagar e do alto, o que ajuda na redução do processo oxidativo.
A infusão deverá ficar abafada por um período de 2-3 minutos. O armazenamento por longo tempo também não é recomendado, pois ocorre perda dos compostos fenólicos.
A proporção de água e ervas deve ser a seguinte: para cada litro de água, quatro colheres de sopa de erva fresca ou duas colheres de erva seca.
Outra sugestão é que deve ser consumido entre as refeições para não interferir na biodisponibilidade de nutrientes provenientes das grandes refeições.
A redução de gordura corporal tem sido relatada como fator importante para a melhora do quadro de obesidade, e dentre os fatores envolvidos neste processo, a utilização do chá verde tem se mostrado de grande utilidade.
Os possíveis efeitos benéficos do consumo do chá verde para a saúde têm sido sugeridos em alguns estudos experimentais e epidemiológicos.
O mecanismo pelo qual o chá verde possa diminuir o percentual de gordura corporal ainda não está elucidado, porém existem várias hipóteses, conforme apresentadas nesta revisão.
Adicionalmente, ainda não existe um consenso quanto à dose e ao modo de administração ideais da utilização deste tipo de chá/suplemento para o tratamento ou a prevenção de obesidade.
Com relação ao desenvolvimento de estudos com chá verde pode-se encontrar algumas dificuldades metodológicas.
Como exemplo, se o trabalho envolver seres humanos pode apresentar alguns fatores de confusão, como ingestão de diferentes fontes de lipídeos e de cafeína, estilo de vida, dentre outros.
A maior discussão envolvendo estudo com animais refere-se às doses de catequinas oferecidas, normalmente maiores do que as utilizadas em humanos que consomem o chá.
Diante do exposto, afirma-se que tal assunto merece intensa investigação científica. Novas metodologias em nutrição estão sendo desenvolvidas, como, por exemplo: estudo com genes e transdução de sinais pela nutrigenômica e proteômica.
Adicionalmente, estudos com novos alimentos e caracterização de compostos bioativos ainda pouco explorados ou inéditos podem ser conduzidos no chá verde, em outros tipos de chá e em outros alimentos funcionais.
Finalmente, com o objetivo de obter redução de gordura corporal torna-se importante aliar o consumo do chá verde a um plano alimentar equilibrado, além da prática freqüente de atividade física, consideradas condutas favoráveis para acelerar o metabolismo energético.
Pesquisadores da Faculdade de Medicina do Kuwait realizaram trabalho experimental com ratos com o objetivo de verificar se o chá poderia proteger contra a atrofia da mucosa intestinal.
A idéia surgiu dos resultados de numerosos estudos epidemiológicos mostrando que o consumo de grandes quantidades dessa erva tem efeito protetor contra o desenvolvimento de gastrite crônica e câncer do estômago.
A escolha pelo chá foi devida à presença de antioxidantes como os polifenóis e vitamina E em sua composição, o que teoricamente pode ajudar a proteger membranas celulares.
No caso do intestino, o jejum representa ameaça à integridade da mucosa. Ratos machos da linhagem Wistar, pesando entre 250-300 g, foram divididos em dois grupos, chamados de “recuperação” e de “pré-tratamento”, ambos passando por jejum de três dias.
A diferença entre os dois é que o grupo “pré-tratamento” recebeu chá preto, chá verde e vitamina E (em substituição à água pura) antes do jejum e o grupo “recuperação” recebeu esses produtos depois do jejum (mais água).
Os pesquisadores observaram que, no grupo “recuperação”, a atrofia da mucosa e das vilosidades intestinais reverteu-se com o uso do chá verde: “o jejum provocou encurtamento e redução da superfície dos vilos, atrofia e fragmentação da arquitetura dos vilos da mucosa.
A ingestão do chá verde e, em menor extensão, da vitamina E por sete dias ajudou na recuperação dessas estruturas”, disseram os autores.
Porém, o chá preto não produziu efeitos. Já no grupo “pré-tratamento”, os pesquisadores puderam verificar que a ingestão do chá verde antes do jejum protegeu a mucosa intestinal contra as lesões, prevenindo a atrofia.
Referência(s): Asfar S, Abdeen S, Dashti H, et al. Effect of green tea in the prevention and reversal of fasting-induced intestinal mucosal damage. Nutrition. 2003;19(6):536-40.
Fonte da matéria: Nutritotal
Aspectos Funcionais das Catequinas do Chá Verde no Metabolismo Celular e Sua Relação Com a Redução da Gordura Corporal
O chá é uma bebida amplamente utilizada, perdendo apenas para a água como a bebida mais consumida no mundo.
O chá verde é rico em polifenóis, principalmente catequinas. Entre uma variedade de efeitos benéficos à saúde atribuídos ao consumo do chá verde, grande atenção tem sido focalizada no seu efeito na redução da gordura corporal.
Este estudo tem como objetivo apresentar uma descrição dos estudos com o chá verde e/ou seus compostos bioativos relacionados à biologia celular, estudos experimentais e epidemiológicos associados ao metabolismo lipídico e à redução da gordura corporal.
Galato de epigalocatequina é o principal composto bioativo presente no chá verde e seus efeitos anti-obesidade estão sendo investigados.
Tais efeitos estão associados a diversos mecanismos bioquímicos e fisiológicos, dentre eles podem-se destacar a estimulação do metabolismo lipídico pela combinação da ingestão de catequinas e a prática de exercícios físicos regulares.
Apesar do efeito promissor do chá verde e seus compostos bioativos no tratamento da obesidade, estudos clínicos controlados devem ser conduzidos.
Finalmente, um plano alimentar adequado associado à prática regular de atividade física constitui a principal ferramenta para a prevenção da obesidade e de suas comorbidades.
Termos de indexação: Alimentos funcionais. Camellia sinensis. Metabolismo lipídico. Obesidade.
Pesquisadores alertam que ervas e suplementos populares, incluindo erva de São João e até mesmo alho e gengibre, não se misturam bem a medicamentos comuns para o coração, e também podem ser perigosos para pacientes que tomam estatina, anticoagulante e remédios para a pressão arterial.
Considerado um antidepressivo natural, a erva de São João eleva a pressão e os batimentos cardíacos. Já o alho e o gengibre aumentam o risco de hemorragias em pacientes que tomam anticoagulantes, afirmaram os pesquisadores.
Mesmo o suco de toranja (grapefruit) pode ser arriscado, aumentando os efeitos de bloqueadores dos canais de cálcio e estatinas, disseram eles.
“Esta não é uma pesquisa nova, mas existe uma tendência na direção de um uso cada vez maior desses compostos.
Os pacientes muitas vezes não discutem com seus médicos os compostos que tomam por conta própria”, disse Dr. Arshad Jahangir, autor de um artigo publicado esta semana no The Journal of the American College of Cardiology.
O trabalho inclui uma lista com mais de duas dúzias de produtos de ervas que os pacientes deveriam usar com cautela, além de uma lista de interações comuns entre medicamentos e ervas.
Entre os produtos listados estão o ginkgo biloba, o ginseng e a equinácea, assim como algumas surpresas como o leite de soja e o chá verde – que podem reduzir a eficácia do anticoagulante varfarina – e até mesmo a babosa e o alcaçuz.
Os médicos precisam ser mais assertivos e perguntar aos pacientes sobre as ervas e suplementos que eles tomam; já os pacientes precisam revelar essa informação a seus médicos, disse Jahangir.
Para quem toma suplementos de alho acreditando que isso melhorará a saúde de seu coração, explicou Jahangir, “as pessoas vão se surpreender ao saber que podem estar tomando algo capaz de aumentar os riscos de hemorragia”.
NutriçaoSadia
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