3.02.2010

Filho que faz xixi na cama




Filho que faz xixi na cama

Ter filhos pequenos é ter xixi na cama, é um problema que aflige milhares de crianças, adolescentes e até adultos no mundo inteiro.


Para quem tem filhos pequenos, trocar os lençóis molhados, colocar o colchão no sol e ficar atento aos passos do pequeno são atitudes que fazem parte da rotina durante o período de adaptação entre o adeus as fraudas e o uso do banheiro.


O Desenvolvimento da auto estima fica afetado assim como o relacionamento dentro e fora da fasmilia. Às vezes, o problema é tão marcante, que a criança chega aos 10 ou 11 anos com o problema.


“A criança não sabe dizer o que sente, por isso, seu corpo fala por ela. No caso das crianças que permanecem com o problema após os cinco anos, é preciso investigar se as causas são emocionais ou físicas.


Em algumas crianças a vasopressina, também conhecida como argipressina ou hormônio antidiurético é responsável pelo controle da vontade de urinar, os níveis deste hormônio, que deveriam aumentar, diminuem, e ela não consegue segurar o xixi.


“Isso também pode estar associado a outros problemas físicos e emocionais, por isso, é importante averiguar as verdadeiras causas do problema.


Fatores Psicológicos não é mais comum entre os enuréticos do que na população normal. Em casos raros a enurese e a encoprese (perda de fezes na roupa) podem ser respostas específicas de comportamento para crianças com distúrbio emocional, e a psicoterapia poderá ser benéfica.


Entretanto, deve ser enfatizado que, na maioria dos casos, nenhuma psicopatologia de base é demonstrada, portanto a psicoterapia isolada não é eficaz, e é perfeitamente justificável o tratamento sintomático da enurese.


Genéticos – há um índice de ocorrência de enurese noturna de 44% se um dos pais foi enurético. Se a enurese ocorreu com os dois pais esse índice aumenta para 77%.


Ela deve ser considerada como um sintoma e não uma doença. Como tal, não existe uma causa isolada que defina todos os pacientes.


Podem coexistir várias causas. O que se deve enfatizar é que o paciente com enurese noturna, só em casos raros tem uma base psiquiátrica, neurológica ou anatômica tratável para a sintomatologia.


Muitas vezes essas crianças são agredidas ou recebem castigos por terem feito xixi na cama. As atividades sociais como dormir na casa de um amiguinho são limitadas e as crianças acabam ficando tímidas por causa da doença. Cerca de 15% das crianças chegam a ter a enurese noturna. É uma doença que precisa ser tratada por um especialista e, ao contrário do que muitos adultos pensam.


A primeira mudança na vida das crianças é em relação à alimentação.Alimentos que irritam a bexiga ou causam prisão de ventre devem ser evitados, como chocolate, café, refrigerante de cola e laranja.


A ingestão de líquidos também deve ser controlada nas horas que antecedem o sono. Há um hormônio antidiurético produzido por uma glândula do cérebro, a hipófise, que atua nos rins diminuindo a produção de urina durante a noite e grande parte das crianças com enurese sofre com a deficiência desse hormônio.


Hereditariedade: o fator hereditário é um dado importante, pois crianças com um dos pais enuréticos (que tiveram esse problema na infância) têm 40% de chance de serem enuréticas. “Se ambos forem enuréticos, as chances aumentam para 77%.


A torneirinha aberta de noite também está relacionada a fatores emocionais ligados ao estresse, tais como mudança de lar, separação dos pais, nascimento de irmão, entre outros.


Perda involuntária de urina durante o dia. “Os pais devem ficar atentos e perceber se o filho solta a urina involuntariamente e se sente dor ou se há sangramento na hora de urinar durante o dia.


Isso pode ser um indicativo de que a criança tem ou terá enurese noturna ou alguma disfunção no organismo que desencadeia o xixi na cama”, explica Jorge. “A criança não faz isso por maldade ou birra.


É um problema que pode estar associado a um quadro clínico mais grave, como uma infecção urinária.


Disfunções na bexiga. Quando a bexiga não suporta a quantidade de líquido ingerida, a tendência é fazer xixi fora de hora?


Um dos tratamentos sugeridos para enurese noturna é exatamente o uso de um hormônio chamado oxibutinina, que relaxa a bexiga aumentando seu tamanho.


Problemas neurológicos. Nestes casos mais sérios, só uma visita ao médico poderá dimensionar o problema


Crianças que fazem xixi na cama pode ter doença do trato urinario

Elaine Duim - Extra

RIO - Aos 3 anos, Ana Maria (nome fictício) ainda não podia ficar sem a fralda. Em casa e na escola, já tinham tentado lhe explicar que devia pedir para fazer xixi no banheiro, mas a menina parecia não entender. A mãe chegou a falar do problema com o pediatra que, no entanto, dizia ser normal. O sinal de alerta acendeu quando a criança teve febre alta.

A incontinência era sintoma de doença do trato urinário inferior, mal que, estima-se, atinge entre 5% e 10% das crianças e adolescentes em idade escolar. Se não tratado a tempo, o problema pode levar até à perda dos rins.

- A idade ideal para a retirada da fralda é entre 2 anos e 2 anos e meio, quando o sistema nervoso atinge maturidade para controlar a hora de urinar. E até os 5 anos é normal que a criança faça xixi na cama. Além disso, a incontinência urinária é sintoma de alguma disfunção do trato urinário inferior - explica a chefe do Setor de Distúrbios da Micção e Urodinâmica Pediátrica do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), Eliane Garcez da Fonseca.

Segundo ela, as disfunções da micção podem ser causadas por alteração funcional ou ter origem neurológica, quando o cérebro não recebe a informação de que a bexiga está cheia, para controlar a hora de urinar. Com isso, a bexiga acaba liberando a urina fora de hora, de dia ou, principalmente, à noite.

- Alguns pais pensam que é provocação e humilham o filho. Em 2005, no doutorado, detectamos que 30% das crianças com as quais trabalhávamos sofriam algum tipo de maus-tratos devido à enurese (xixi na cama) - conta a médica, destacando que 2% dos casos de incontinência causada por alteração funcional são hereditários.

Rins ameaçados
A médica alerta ainda que, caso não diagnosticada e tratada a tempo, a disfunção que causa a incontinência pode até levar à deterioração dos rins. Isso porque quando a bexiga não funciona direito, sua pressão pode aumentar e jogar a urina de volta aos rins e, com ela, bactérias que causarão infecções nos órgãos.


Caso dos mais graves
O caso de Ana Maria é um exemplo de disfunção das mais graves. A menina tem bexiga neurogênica, patologia que faz com que o órgão tenha dificuldade para armazenar a urina e também para se esvaziar por completo. Cerca de 50% dos pacientes com esta doença, quando não tratados a tempo, perdem os rins em até 5 anos.

Hoje, Ana Maria tem 10 anos e está há quatro em tratamento no HSE. Devido à gravidade da doença - diagnosticada com exame de urodinâmica - somente no ano passado os médicos conseguiram controlar a incontinência. Mas os cuidados que ela recebia desde os 3 anos preservaram seus rins.

Crianças com incontinência urinária podem ser levadas para avaliação no ambulatório pediátrico do HSE (Rua Sacadura Cabral 178, Saúde), de segunda a sexta-feira, das 7h30m ao meio-dia. Sinais do problema
Nos primeiros meses de vida, a fralda fica muito tempo seca.
Após seis meses da retirada da fralda, persistem os escapes de xixi que deixam uma manchinha na calcinha ou na cuequinha.

A criança continua fazendo xixi na cama após os 5 anos.
A criança (especialmente bebê) tem febre alta sem motivo aparente. Atenção, isso pode ser sintoma de infecção urinária.
A urina sai gotejando e não em jatos fortes.
A criança reclama de dor na hora de urinar.
A criança pede toda hora para ir ao banheiro fazer xixi.
O contrário também requer atenção: a criança ficar se apertando para não deixar o xixi sair.
A criança urina pouco e tem prisão de ventre (o intestino cheio pode estar bloqueando o canal da urina).
Fonte: Extra

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