Controle da vontade de urinar leva a melhores decisões.
Pesquisa da Universidade de Twente, na Holanda, sugere que controle de uma vontade desencadeia decisões mais ponderadas. BBC
Um estudo da Universidade de Twente, na Holanda, sugere que controlar a vontade de urinar pode melhorar as decisões tomadas por uma pessoa.
Cientistas descobriram que a ativação de algumas vontades, como excitação sexual, fome ou sede, pode levar às pessoas a querer outras coisas, aparentemente não relacionadas.
A pesquisadora Mirjan Tuk usa como exemplo o caso de um homem que vai em busca de um saco de batatas fritas depois de olhar para fotos de mulheres sensuais. "Se ele fosse capaz de reprimir o desejo sexual nesta situação, a fome também iria ser controlada?"
Tuk, pesquisadora do setor de psicologia, teve a ideia de fazer a pesquisa durante uma palestra a que assistia. Para permanecer alerta, a cientista bebeu várias xícaras de café, mas, no final, ela sentia vontade de ir ao banheiro.
"Todo o café tinha chegado à minha bexiga e automaticamente tive que controlar a vontade de urinar. E isto levantou a questão: o que acontece quando as pessoas exercem níveis elevados de controle da bexiga, mesmo sem ter consciência de que o estão fazendo?"
A partir deste questionamento, Tuk desenvolveu várias experiências em laboratórios para testar se o controle de uma das vontades do corpo pode gerar maior domínio de outras.
Voluntários
Em uma das experiências realizadas, os participantes da pesquisa beberam cinco xícaras de água (cerca de 750 mililitros), ou então tomaram pequenos goles de água de cinco xícaras separadas.
Depois de cerca de 40 minutos, o período de tempo necessário para a água chegar à bexiga, os pesquisadores avaliaram o autocontrole dos participantes pedindo que eles fizessem oito escolhas.
Cada uma envolvia escolher uma recompensa pequena, porém imediata, ou então uma recompensa maior, porém a ser obtida mais tarde. Por exemplo: eles poderiam escolher entre receber US$ 16 no dia seguinte ou US$ 30 em 35 dias.
Os pesquisadores então descobriram que um número maior de participantes do grupo que estava com a bexiga cheia optou por receber a recompensa maior em prazo mais longo.
"Parece que você toma decisões melhores quando você está com a bexiga cheia", disse Tuk.
Os resultados foram surpreendentes quando analisados de um ponto de vista teórico.
Muitas pesquisas em psicologia apoiam o conceito de "vazio do ego", que afirma que o autocontrole esgota o cérebro e torna ainda mais difícil o controle sobre outra questão.
Mas, segundo Tuk, isto parece funcionar de outra forma, pois o controle da bexiga é um processo automático e inconsciente.
Na pesquisa, Tuk afirma que serão necessárias mais pesquisas para determinar se este efeito pode ter sua origem não apenas na bexiga, mas também de outras respostas automáticas inibitórias.
Cientistas descobriram que a ativação de algumas vontades, como excitação sexual, fome ou sede, pode levar às pessoas a querer outras coisas, aparentemente não relacionadas.
A pesquisadora Mirjan Tuk usa como exemplo o caso de um homem que vai em busca de um saco de batatas fritas depois de olhar para fotos de mulheres sensuais. "Se ele fosse capaz de reprimir o desejo sexual nesta situação, a fome também iria ser controlada?"
Tuk, pesquisadora do setor de psicologia, teve a ideia de fazer a pesquisa durante uma palestra a que assistia. Para permanecer alerta, a cientista bebeu várias xícaras de café, mas, no final, ela sentia vontade de ir ao banheiro.
"Todo o café tinha chegado à minha bexiga e automaticamente tive que controlar a vontade de urinar. E isto levantou a questão: o que acontece quando as pessoas exercem níveis elevados de controle da bexiga, mesmo sem ter consciência de que o estão fazendo?"
A partir deste questionamento, Tuk desenvolveu várias experiências em laboratórios para testar se o controle de uma das vontades do corpo pode gerar maior domínio de outras.
Voluntários
Em uma das experiências realizadas, os participantes da pesquisa beberam cinco xícaras de água (cerca de 750 mililitros), ou então tomaram pequenos goles de água de cinco xícaras separadas.
Depois de cerca de 40 minutos, o período de tempo necessário para a água chegar à bexiga, os pesquisadores avaliaram o autocontrole dos participantes pedindo que eles fizessem oito escolhas.
Cada uma envolvia escolher uma recompensa pequena, porém imediata, ou então uma recompensa maior, porém a ser obtida mais tarde. Por exemplo: eles poderiam escolher entre receber US$ 16 no dia seguinte ou US$ 30 em 35 dias.
Os pesquisadores então descobriram que um número maior de participantes do grupo que estava com a bexiga cheia optou por receber a recompensa maior em prazo mais longo.
"Parece que você toma decisões melhores quando você está com a bexiga cheia", disse Tuk.
Os resultados foram surpreendentes quando analisados de um ponto de vista teórico.
Muitas pesquisas em psicologia apoiam o conceito de "vazio do ego", que afirma que o autocontrole esgota o cérebro e torna ainda mais difícil o controle sobre outra questão.
Mas, segundo Tuk, isto parece funcionar de outra forma, pois o controle da bexiga é um processo automático e inconsciente.
Na pesquisa, Tuk afirma que serão necessárias mais pesquisas para determinar se este efeito pode ter sua origem não apenas na bexiga, mas também de outras respostas automáticas inibitórias.
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