Rio - Cerca de 40% da mortalidade por Aids no Brasil tem relação com o diagnóstico tardio da doença. A conclusão é de um estudo coordenado pelo pesquisador da USP Alexandre Grangeiro. O trabalho também revelou que uma pessoa que inicia tardiamente o tratamento tem um risco 49 vezes maior de morrer do que aquele que recebe o diagnóstico mais cedo.
Para realizar a pesquisa, Grangeiro acompanhou dados de mortalidade de pacientes atendidos nos serviços públicos do País entre 2003 e 2006. Dos 115.369 pacientes analisados, 43,6% iniciaram tardiamente o tratamento — 12% morreram nos primeiros 20 dias da chegada ao serviço de saúde.
“O fim do diagnóstico tardio poderia gerar uma redução na mortalidade equivalente à registrada com o início do uso do coquetel anti-HIV. A identificação de pacientes poderia ter poupado a vida de 17 mil pessoas em quatro anos”, diz o médico. Em 2009, foram registradas 6,2 mil mortes a cada 100 mil habitantes.
Segundo o estudo, o diagnóstico tardio é mais frequente entre homens, pessoas com mais de 40 anos e moradores do Norte e Nordeste. Uma das causas é a dificuldade de acesso a serviços de saúde.
O Dia
Segundo o estudo, o diagnóstico tardio é mais frequente entre homens, pessoas com mais de 40 anos e moradores do Norte e Nordeste. Uma das causas é a dificuldade de acesso a serviços de saúde.
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