2.11.2015

Dólar turismo chega a passar de R$ 3 em casas de câmbio de São Paulo


Moeda opera em alta depois de atingir o maior valor desde 2004 na terça. 
Valores pesquisados pelo G1 variam de R$ 2,99 a R$ 3,07.

Karina TrevizanDo G1, em São Paulo
Depois de atingir o maior valor desde 2004 na véspera, o dólar continua operando em forte alta nesta quarta-feira (11), e a cotação do dólar comercial chegou a passar de R$ 2,87. Para o turista, no entanto, o preço da moeda norte-americana é mais caro.

G1 pesquisou o preço do dólar em casas de câmbio de São Paulo e encontrou valores acima de R$ 3 por volta das 14h30, já incluindo o IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros - IOF).

Na Get Money, que tem várias unidades na cidade, o preço era de R$ 3,07. Na empresa Cotação, de R$ 3,05. Já na Forex Câmbio, em Moema, e na AGK, na República, os preços eram de R$ 3 e R$ 3,01, respectivamente. O menor valor entre as casas de câmbio consultadas foi de R$ 2,99, na América Câmbio e Turismo.

Os preços foram consultados perto do horário das 14h30, e podem variar no mesmo dia.

O dólar de turismo, também usado por consumidores para comprar algo no exterior ou mesmo quando importam produtos de outros países, é mais caro que o dólar comercial - usado pelas empresas e bancos para as outras transações realizadas no mercado de câmbio, como exportação, importação, transferências financeiras etc.

O preço pago pelo dólar leva em consideração os custos administrativos e financeiros. Segundo o BC, a taxa de câmbio pode variar de acordo com a natureza da operação, da forma de entrega da moeda estrangeira e de outros componentes tais como valor da operação, cliente, prazo de liquidação etc. Como os consumidores compram volumes menores que as empresas e outros bancos, esses custos tendem a ser maiores.

“O dólar de turismo é um pouco mais caro porque é dinheiro na mão, na hora. Tem uma liquidez maior. O comercial não é bem assim, você leva meses para pagar aquela fatura”, explica o professor e economista Judas Tadeu Grassi Mendes, da EBS Business School
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