Imperdível a entrevista exclusiva do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, dada ao Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, esta semana. Gabrielli detalhou, de forma muito bem explicada, o que todos nós estávamos querendo saber: as irregularidades na estatal se deram “fora da empresa” e portanto era “impossível a petroleira investigar” o ocorrido.
Gabrielli foi além, esclareceu como se dava a ilegalidade cometida pelo diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e pelo gerente de Engenharia Pedro Barusco. Eram operações que envolviam influencia dos dois funcionários, do doleiro Alberto Youssef e das empresas contratadas.
O ex-presidente da Petrobras também ressaltou que este esquema de irregularidades só era rentável para os empreiteiros e os dois funcionários da empresa, pois estes ganhavam pelo volume de projetos, e não pelos preços a mais em contratos pagos pela estatal.
Certificações
Gabrielli faz questão de frisar que a Petrobras é muito maior que esse escândalo, tem muitos projetos que não foram afetados pelas irregularidades e que os funcionários da petroleira são honestos. “Esse processo vai tirar a fumaça que tem e ficará evidente que esse é um problema policial de dois funcionários que se locupletaram com muito dinheiro, mas que, em relação à Petrobras, não é muito dinheiro” , afirmou.
A certificação da petroleira feita pela KPMG (em 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011), e pela Price & Waterhouse (em 2012, 2013) somadas com os controles da lei Sarbanes-Oxley– uma lei americana para aumentar os controles das empresas internacionais e das empresas com ações negociadas em bolsas, que é o caso da Petrobras – e os rígidos controles aplicados nas empresas fornecedoras e nas formações de preços comprovam que a Petrobras fazia todo o possível para combater qualquer tipo de irregularidade.
Não havia método possível para a empresa identificar uma irregularidade que acontecia fora de seus portões. As acusações que a empresa e seus dirigentes enfrentam são insustentáveis, segundo o ex-presidente da estatal. Ele acredita que a Operação Lava a Jato irá também chegar a essa conclusão.
Vejam a entrevista completa aqui
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