A presidenta Dilma tem surpreendido nas aparições públicas por conta da silhueta bem mais esbelta do que há dois meses. Ela perdeu mais de 10 quilos até agora. O segredo do emagrecimento repentino é a dieta Ravenna, idealizada por um médico e psicanalista argentino, Máximo Ravenna. Com três clínicas no País, o método já é o queridinho do Planalto.
O segredo da dieta é o acompanhamento contínuo. Não muito diferente de outras dietas restritivas por aí, a Ravenna prega uma quantidade baixa de calorias, bem menos do que o corpo precisa para se manter. A média gira entre 800 a 1200 calorias por dia.
“Isso leva o organismo a queimar sua reserva de gordura. A combustão da própria gordura pelo corpo não apenas possibilita um emagrecimento rápido, como dispara uma mensagem de saciedade ao cérebro, o que não torna a dieta sofrível”, explica Moema Soares, sócia-diretora das unidades do Centro Terapêutico Máximo Ravenna no Brasil.
A perda de peso é feita de forma rápida. Moema explica que as mulheres perdem de 5% a 7% do seu peso por mês e os homens de 7% a 10%. “Uma paciente que entra no tratamento com 100 quilos pode projetar, com segurança, subir na balança e comemorar a chegada aos 65 quilos em nove meses, considerando o resultado mínimo do tratamento”, diz Moema. “Mas é importante ressaltar que tudo depende da disposição e do empenho dos pacientes”.
Como funciona
A dieta consiste em fazer quatro refeições por dia, fugindo da premissa de comer de três em três horas. “A ideia é desconectar-se da comida para que a pessoa não passe o dia todo em função dela”, explica Moema. Café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar são as refeições permitidas diariamente. “No almoço e jantar, por exemplo, um caldo quente é servido para cessar a ansiedade com que a pessoa vai para a mesa”.
Fotos da presidente Dilma em outubro de 2014 (à esquerda) e em fevereiro de 2015 (à direita) mostram a diferença entre o antes e o depois da dieta Ravenna. Foto: Ichiro Guerra - Dilma 13 / Elza Fiúza - Agência Brasil
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Em seguida ao caldo, uma salada verde é servida. “O prato principal inclui uma proteína e um acompanhamento, que pode ser purê de abóbora, suflê de cenoura ou legumes no vapor”, conta Moema. Em seguida, vem a sobremesa, que pode ser uma fruta ou gelatina e um café. “Um dos objetivos é resgatar o ritual das refeições, evitando o modelo de fast food”, diz.
O acompanhamento psicológico é uma das armas da dieta. O paciente é orientado a frequentar os grupos terapêuticos ao menos duas vezes por semana. Esses encontros também acontecem aos sábados, domingos e feriados. “Entende-se que esses são os dias mais difíceis de controlar a compulsão pela comida”, explica Moema. “Os pacientes dividem seus sucessos e insucessos, apoiados por psicoterapeutas da equipe e pelos demais pacientes que estão na mesma situação”.
Segundo Moema, é nesse espaço que os pacientes expõem seu padrão em relação à comida e passam a ressignificar o valor exacerbado dado a ela. “Ao ver que os outros conseguem, os pacientes têm um fator de motivação e comprometimento. Por essa razão, é importante o trabalho em grupo, mas, quando necessário, é possível consultar os profissionais de maneira individual”, detalha Moema.
Atividade física
Mas nem só de fechar a boca e conversar com psicólogos consiste a dieta que fez a presidente Dilma emagrecer. Exercícios físicos são um dos pilares do método Ravenna. É imprescindível praticá-lo na frequência que muda de acordo com a perda de peso.
“Aos poucos, inserimos atividades para os músculos das pernas, quadril, braço e tórax. À medida que o peso diminui, deve-se aumentar a atividade física, de quatro a cinco vezes por semana, no mínimo, de 20 a 40 minutos por dia”, conta a sócia-diretora do Centro Terapêutico Máximo Ravenna.
Os exercícios, no entanto, são orientados e adaptados por um profissional, de acordo com a etapa do tratamento. “Eles consistem basicamente em: caminhar, andar de bicicleta ou nadar. Em uma segunda etapa é adicionada a musculação para tonificar os músculos e auxiliar o processo de emagrecimento, já que acelera o metabolismo”, conta.
O cardápio não é alterado com o aumento da atividade física. Por causa da restrição calórica, os especialistas da clínica prescrevem suplementação de minerais e vitaminas, como potássio, magnésio e sódio, que, segundo Moema, são perdidos em função da diminuição dos carboidratos.
A dieta exige persistência e comprometimento. “A maioria dos pacientes frequenta a clínica diariamente, seja para participar dos grupos, praticar exercícios físicos ou fazer alguma das refeições do dia”,
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