8.11.2015

Sites podem perder US$ 22,8 bilhões por bloqueadores de publicidade

Perdas em 2016 são estimadas em US$ 41 bilhões.
Dados são de estudo publicado nesta segunda pelo Adobe e pela PageFair.

Da France Presse
Cartões clonados, prostituição e pedofilia: crimes escondidos no mundo dos jogos online (Foto: TV Globo) 
Bloqueadores de publicidade causam prejuízos a
sites que oferecem conteúdo gratuito, diz estudo
(Foto: Reprodução / TV Globo)
A utilização por parte dos internautas de softwares que bloqueiam publicidade pode custar aos sites pelo menos US$ 21,8 bilhões neste ano em todo o mundo, e mais US$ 41 bilhões em 2016, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (10).
A quantidade de internautas que utiliza este tipo de programas aumentou 41% nos últimos 12 meses, chegando a 198 milhões, segundo o estudo realizado pelo Adobe e pela sociedade irlandesa PageFair, especializada na recuperação dessas receitas perdidas.
Esta prática pode afetar os sites de internet que dependem das receitas publicitárias, sobretudo os que oferecem conteúdo gratuito, alerta o estudo, que afirma que "o bloqueio de publicidade representa agora uma ameaça existencial para o futuro dos conteúdos gratuitos na internet".
O diretor da PageFair, Sean Bleachfield, considera "trágico que os usuários de bloqueadores de publicidade causem sem desejar perdas de bilhões de dólares a seus sites preferidos".
"A medida que o bloqueio de publicidade se estende aos dispositivos móveis, há um grande perigo de que o modelo de atividade que sustentou a internet nas últimas duas décadas se desmorone", advertiu.
Os consumidores podem acrescentar a seu navegador de internet programas de bloqueio de publicidade. Espera-se que a próxima versão do iOS, o sistema operacional do iPhone e o iPad da Apple, incorpore um instrumento similar.
"A maioria dos consumidores aceita o compromisso que implica a 'gratuidade' (on-line): te dou informação sobre mim em troca das suas séries de televisão, filmes, artigos de jornal, serviços. Mas isso termina quando começa a publicidade, que é intrusiva, chata ou impertinente", avaliou Campbell Foster, responsável pelo marketing de produtos do Adobe.

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