10 ago 2015
23h14
Questionado desde o dia em que assumiu o Flamengo, e principalmente
pelos seguidos resultados negativos à frente da equipe, o técnico
Cristovão Borges queixou-se de perseguição feita por parte da imprensa.
Em entrevista à ESPN, o próprio treinador afirmou que algumas delas têm
conotações racistas.
- São as coisas que estão acontecendo, venho sofrendo de críticas que
fogem do padrão normal do futebol. O Mauro (Cesar) falou sobre isso, o
(José) Trajano falou sobre as conotações racistas e então existem as
duas coisas. Existem críticas exacerbadas que, por serem sistemáticas,
viraram perseguição. E algumas com conotação racista, sim - disse o
treinador, que garantiu estar preparado para exercer a função e irá em
busca dos próprios direito:
- Começam com críticas insistentes, diárias e vira perseguição, e no
conteúdo algumas racistas. Fui citado que o Flamengo deixou de escolher o
Oswaldo (de Oliveira) para escolher o "Mourinho do Pelourinho". Fica
difícil para esse tipo de pessoa se esconder. Me sinto preparado para
estar aonde estou, mas quando me atinge como cidadão, vou procurar meus
direitos para me fazer respeitar. Somos uma democracia, mas o racismo às
vezes é camuflado.
Por outro lado, Cristovão Borges fez questão de eximir o torcedor de
qualquer culpa referente ao tema, e garante que as críticas fazem parte
da função de treinador.
- Sou um treinador que sempre foi bastante criticado, não só agora, mas
a minha função, assim como de um árbitro, sempre tem crítcias, mas
nunca reclamei delas, mas esse tipo de pessoa, vai querer usar a torcida
do Flamengo, que não tem nada a ver com isso. Para eles eu seu tido
como um abusado, de estar em uma posição e que eu coloco minhas ideias e
contesto caso necessário. Minha posição não é de pobre coitado. Vivo
bem pois estou trabalhando em um clube maravilhoso, vendo meu trabalho,
que teve um início complicado, mas vejo uma melhora - finalizou.
Cristovão Borges comandou o Flamengo em 15 partidas, com sete vitórias, um empate e sete derrotas.
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