De acordo com as investigações, há indícios de repasses do Grupo Consist para empresas de fachada indicadas por Romano, que é advogado, sob a falsa justificativa de prestação de serviços.
Segundo o MPF, o Grupo Consist fazia a gestão do software para empréstimos consignados para servidores. Além de receber pelo serviço, o grupo ganhava uma taxa de administração para cada empréstimo feito.
Entre os beneficiados dos repasses também estão escritórios de advocacia no Paraná. O valor arrecadado ilicitamente é estimado em 50 milhões de reais, identificados a partir da etapa anterior da operação. Segundo investigadores mais de 20% deste valor foi repassado, entre os anos de 2011 e 2014, à empresa de Jamp Engenheiros, do operador Milton Pascowitch, e posteriormente destinados a João Vaccari Neto, que então ocupava o cargo de tesoureiro do PT. Ainda segundo a investigação, as empresas indicadas por Alexandre Romano receberam pagamentos até julho deste ano.
Segundo o procurador Roberson Pozzobon, do MPF, operadores mostraram "audácia" ao continuar desviando dinheiro mesmo com as investigações em andamento. Ele afirmou que esse é um argumento em defesa das prisões cautelares. Romano será levado para a superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
A viúva do ex-secretário de recursos Humanos do Ministério do Planejamento Duvanier Paiva Ferreira , Cassia Gomes, também é investigada. O procurador afirmou que foram descobertos pagamentos mensais de R$ 30 mil para Cássia. Ferreira morreu em 2012. Ele era responsável pela gestão dos servidores públicos federais.
A 18ª fase é um desdobramento da fase anterior, e foi batizada de Pixuleco II, denominada Pixuleco II, termo usado em alusão ao recebimento de propina por investigados na operação. A ação ocorre em Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Curitiba. Cerca de 70 policiais cumprem 11 mandados judiciais, sendo um de prisão temporária e dez de busca e apreensão.
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