Investigação das Forças de Segurança aponta que terroristas pretendiam entrar no Stade de France para matar atletas, torcedores e autoridades, como o presidente François Hollande
Nas arquibancadas, sexta-feira, além do presidente
François Hollande, estava o ministro das Relações Exteriores da
Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. No campo, craques que jogaram a Copa
do Mundo do Brasil, como Evra, Pogba e Giroud, pelos Bleus, e Neuer,
Müller e Schweinsteiger, pelos atuais campeões mundiais. Os anfitriões
venceram.
As
explosões puderam ser ouvidas de dentro do campo, mas os torcedores
pensaram se tratar de rojões. François Hollande foi retirado de
helicóptero e levado a um local seguro. Somente no fim da partida os
alto-falantes informaram dos atentados. Com metade dos acessos fechada,
muitos torcedores, com medo, deram meia-volta e aguardaram dentro do
gramado. A seleção alemã, que na manhã da partida teve de sair às
pressas do hotel por causa de uma falsa ameaça de bomba, optou por
dormir no próprio estádio.Caças jogam 20 bombas sobre bases de extremistas
No início da noite, o Ministério da Defesa francês informou ter bombardeado bases do Estado Islâmico em Raqqa, no leste da Síria. Dez caças saíram dos Emirados Árabes e soltaram 20 bombas sobre acampamentos, paióis e centros de treinamento de terroristas.
Também ontem, o ministro do Interior, Bernard
Cazeneuve, afirmou que pretende mudar a lei para dissolver mesquitas que
disseminem o ódio.
No início da noite, alarme falso
provocou correria na Praça da República. A praça foi esvaziada, mas
reocupada logo depois. Mais cedo, a polícia encontrou no subúrbio de
Montreuil um carro usado pelos terroristas. Na mala, vários fuzis AK-47 e
munição. Agentes procuram Abdeslam Salah, o único dos oito extremistas
que não morreu. Além disso, sete pessoas, familiares do suicida francês
Omar Ismail Mostefai, também estavam sob custódia.
Papa fala em ‘barbárie’. Cariocas fazem vigíliaO papa Francisco lamentou a “barbárie” dos atentados cometidos em Paris e disse no final da oração do Ângelus, perante os fiéis na Praça de São Pedro, que utilizar o nome de Deus para justificá-los “é uma blasfêmia”. “Tanta barbárie nos deixa consternados e nos interroga sobre como pode o coração humano idealizar e cometer atos tão horríveis.”
No Rio, cerca de 200 pessoas se reuniram no Largo do Machado, em vigília pelos mortos em Paris. A estudante francesa Emma Barriquand, 20 anos, era uma das presentes. “Vir aqui hoje é uma maneira de me sentir mais perto de casa”, contou a jovem.
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