Especialista afirma que a
importância da Ressonância Magnética na enxaqueca se dá principalmente
pela exclusão de outras causas em que a dor de cabeça é um sintoma
secundário a doenças mais graves.
Na opinião da doutora Flávia Cevasco, médica radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, a ressonância magnética é indicada se o paciente iniciar crises novas de enxaqueca, ou se houver uma mudança no padrão dessas crises, como aumento da frequência, da intensidade ou do padrão da dor. Esse exame permite uma avaliação mais detalhada do parênquima encefálico, podendo-se adicionar estudos angiográficos arteriais e venosos durante sua realização. “O exame de ressonância produz imagens muito claras do cérebro sem o uso de radiação, como é o caso da tomografia, e fornece informações sobre a estrutura e a vascularização encefálicas”.
Especialista em neuroimagem, a médica afirma que a importância da RM na enxaqueca se dá principalmente pela exclusão de outras causas em que a dor de cabeça é um sintoma secundário a doenças mais graves. “Em determinados casos, é importante o uso de contraste para afastar suspeitas de tumores, aneurisma e infecções, por exemplo. A ressonância magnética é o exame de escolha para muitos especialistas devido à sua característica não invasiva e por ser o melhor exame na avaliação anatômica do encéfalo”.
Em média, o exame dura entre 20 e 30 minutos. Portadores de marcapasso, clipes de aneurisma e algumas próteses metálicas não podem ser submetidos à ressonância magnética, por conta do alto campo magnético que se forma. Além disso, nenhum metal como relógio, cartões com tarjas magnéticas e joias devem ser carregados para a sala do exame. “Quanto mais bem-informado o paciente estiver sobre o exame, mais à vontade irá se sentir, facilitando o procedimento. Isso certamente contribui para o sucesso desse método tão importante para o diagnóstico por imagem de muitas doenças”, diz Flavia Cevasco.
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