1.22.2016

PDT prepara 'ambiente' para lançar Ciro como candidato em 2018, diz Lupi

Presidente da sigla disse, porém, que outros candidatos podem se apresentar.
Ciro voltou a dizer que o vice-presidente Michel Temer é o 'capitão do golpe'.

Laís Alegretti 
Do G1, em Brasília
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira (21) que o partido está preparando o "ambiente" para lançar o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes como candidato à Presidência da República nas eleições de 2018. No ano passado, Ciro Gomes deixou o PROS para migrar para o PDT
Apesar de ter dito que o partido ainda não anunciará um nome, o presidente do PDT disse que a legenda está preparando o terreno para as próximas eleições presidenciais com Ciro. Lupi concedeu entrevista coletiva em Brasília, ao lado do ex-ministro, para falar sobre os projetos do partido para as eleições municipais deste ano.
"Estamos usando essas andanças com ele [Ciro Gomes] para que ele seja uma espécie de bandeira para que o partido prepare o ambiente para sua candidatura em 2018. Isso não impede que se apresente outros candidatos", disse.
Ao ser questionado sobre a aproximação de petistas com o PDT, Lupi disse que parte dos petistas veem o nome de Ciro Gomes com simpatia.
“Há uma relação governamental, nós fazemos parte do governo, há uma relação de fraternidade e é uma conversa que se tem. Eu vejo uma parcela significativa do PT vendo o nome do companheiro Ciro com muita simpatia, não são poucos”, afirmou.
Temer
Ao ser questionado sobre uma reaproximação do vice-presidente, Michel Temer, com a presidente Dilma Rousseff, cuja relação está desgastada, Ciro Gomes disse que "só quem for idiota acredita" que os dois possam retomar a relação.

"Isso não quer dizer que a presidenta deva repudiar isso, até porque a política vive desses bailados. O importante é não acreditar, porque ele está no golpe e é o capitão dele", afirmou.
Em dezembro, Ciro Gomes já havia se referido a Temer como "capitão do golpe" em mais de uma oportunidade ao citar o processo de impeachment da presidente Dilma.
Impeachment
Ciro Gomes criticou, ainda, a atuação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em outubro, o PDT defendeu o afastamento de Cunha da presidência da Câmara, devido às denúncias de que mantém contas secretas na Suíça, e se posicionou contra a abertura de processo de impeachment de Dilma.

"Só faltava o Eduardo Cunha ser protagonista de um impeachment. [...] O moralismo está posto a serviço da imoralidade", disse.
Já Carlos Lupi afirmou que, em reunião nesta quinta-feira (21), na qual os pedetistas esperam a presença da presidente Dilma Rousseff, o diretório nacional deve fechar questão contra o impeachment. Segundo ele, a decisão deve dar “legitimidade maior” à decisão da executiva do partido.

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