Foliões estavam com medo do Zika vírus. Público foi à loucura quando Maria Rita, madrinha do bloco, chegou ao trio
Rio
- Ao som da clássica marchinha “Quem não chora não mama”, o tradicional
Cordão do Bola Preta começou o seu desfile com atraso, mas agitou dois
milhões de pessoas no Centro, segundo estimativa da PM. A novidade deste
ano, além da Mc Ludmilla como rainha do bloco, veio do compartamento do
público, que, com medo da zika, maneirou no beijo. “Eu preciso cuidar
da minha saúde. Está bom assim, sem beijo”, respondeu Fabiana Vieira, de
24 anos.
O Bola Preta é quase centenário. Cruza a avenida
há 98 carnavais. Este ano foram quatro carros de som animando o mar de
gente que cobriu o Paço Imperial e a Avenida Antônio Carlos. O público
foi à loucura quando Maria Rita, madrinha do bloco, chegou.
“Estou
feliz demais. Em questão de cultura e paixão, o funk e o samba
combinam" disse ela, falando da parceria com a funkeira
Ludmilla.“Queremos que nossos foliões se divirtam. Não importa quantos
sejam, 5 mil, 10 mil, um milhão", completou Pedro Ernesto, presidente do
bloco mais antigo da cidade.
A polícia registrou 112 ocorrências e algumas confusões durante o desfile. O presidente do bloco ficou feliz com a performance.
Blocos por toda parte
Nas
ladeiras de Santa Teresa, o sábado de Carnaval foi aberto pelo bloco
Céu na Terra, com samba, marchinhas e a marrabenta, um ritmo musical
típico de Moçambique. O bloco alterou seu trajeto para evitar confusões,
como a de seu último desfile, no sábado passado, quando uma pessoa
morreu baleada.
Ainda de manhã, o Dois Para Lá e Dois Para
Cá, de Carlinhos de Jesus, alegrou Botafogo. No fim da tarde, foi a vez
da irreverente e tradicional Banda de Ipanema que arrebatou uma multidão
fantasiada pela orla. “A banda passa e a gente se alegra”, resumiu
Maria Amélia Soares, de 82 anos.
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