2.07.2016

Coreia do Norte provoca reações ao lançar foguete

Conselho de Segurança da ONU informou que adotará medidas com sanções

O Dia
Coreia do Norte - A Coreia do Norte lançou ontem foguete de longo alcance, desafiando proibição das Nações Unidas sobre testes de tecnologia de mísseis balísticos. O artefato foi lançado na direção das ilhas japonesas de Okinawa. Relatos iniciais informam que não houve danos na terra ou no mar. A Coreia do Norte divulgou que lançou um satélite, mas não estava claro se o objeto foi colocado em órbita.
Coreia do Norte alega que foguete tem fins científicos pacíficos
Foto: Reprodução
O Conselho de Segurança da ONU condenou veementemente o lançamento e que vai se comprometer para “rapidamente” adotar resolução com “sanções significativas”, conforme a agência Estadão Conteúdo.
“Mesmo se for caracterizado como lançamento de satélite ou veículo espacial sem fins militares, o ato de hoje (ontem) contribui para o desenvolvimento do sistema de mísseis da Coreia do Norte”, diz o texto, aprovado pelos 15 membros do conselho em reunião de emergência.
A nota da ONU ressalta que o uso de tecnologia de mísseis balísticos viola quatro resoluções do conselho. Militares norte-americanos disseram que o foguete foi localizado sobre o Mar Amarelo e não era ameaça para os EUA. A assessora de Segurança Nacional, Susan E. Rice, classificou o lançamento como ação “desestabilizadora e provocadora”.
Um porta-voz do presidencial da Coreia do Sul afirmou que o Comitê Nacional de Segurança seria convocado. Em Tóquio, o ministro japonês Shinzo Abe condenou o lançamento. A Coreia do Norte se defendeu alegando que os foguetes de longo alcance são para implantar satélites para fins científicos pacíficos.
Inimigos, como a Rússia e Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), também fizeram críticas. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, disse que a Coreia do Norte mais uma vez demonstrou desprezo pelo direito internacional. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, classificou o lançamento como “violação direta” às resoluções da ONU.

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