Atriz Letícia Sabatella condena a "polarização" e "esse ódio
instaurado" no Brasil em discurso durante encontro de intelectuais,
artistas e cientistas com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do
Planalto; "O povo está dividido por culpa de um projeto de tomada de
poder na marra", disse; segundo ela, que disse ser preciso "reconhecer a
ascensão social da população brasileira", foi só iniciar a distribuição
de renda no País que começou a "grita"; ela admitiu ser oposição ao
governo Dilma, mas afirmou se sentir feliz em poder dizer isso na frente
da presidente, em uma sociedade democrática; "Temos que ir adiante, não
para trás", pregou
Justamente no dia em que o governo Dilma abriu canais de negociação
com o PP, buscando construir uma nova coalizão depois do rompimento do
PMDB, a Procuradoria Geral da República denunciou ao STF, por corrupção e
ocultação de bens, sete políticos do partido - entre eles o ex-ministro
Mario Negromonte; 'sem entrar no mérito das acusações contra eles, o
que chamou a atenção, além da data coincidente, foi o volume do pacote
de denúncias. Foi a primeira vez que a PGR denunciou de uma só vez tão
grande número de políticos de um mesmo partido', destaca Tereza
Cruvinel, colunista do 247; segundo ela, o PP tornou-se estratégico para
o Governo na luta contra o impeachment; "Desmoralizá-lo agora e
aterrorizar alguns de seus quadros não contribui para a boa evolução de
um acordo", conclui
"A absurda fraqueza das acusações lançadas pela oposição na defesa do
pedido de impeachment de Dilma Rousseff ajuda a compreender o
crescimento da rejeição aberta contra um projeto que tem o caráter claro
de golpe de Estado, num movimento que vai muito além dos aliados do
governo e do Partido dos Trabalhadores", afirma Paulo Moreira Leite,
diretor do 247 em Brasília; ele ressalta que, hoje, as mobilizações pelo
respeito às regras democráticas voltam às ruas das capitais e, no
Planalto, uma centena de artistas irá entregar uma dúzia de
abaixo-assinados em defesa da legalidade
Campanha de manipulação preparada pela Globo para tentar provar que
"impeachment não é golpe por estar previsto na Constituição" fracassou;
na noite de ontem, Jornal Nacional teve de exibir uma fala contundente
da presidente Dilma Rousseff em que ela demonstra que um impeachment sem
crime de responsabilidade não merece outro nome, a não ser golpe – o
que também foi dito pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo
Tribunal Federal; sem argumentos, restou à Globo tentar provar a
validade da frágil tese da advogada Janaina Paschoal, convertida em "jurista"
pelos Marinhos, de que "pedaladas fiscais" que ainda nem foram apreciadas
pelo Congresso Nacional são motivos suficientes para afastar um
presidente; nesse debate, a Globo também será derrotada.
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