Prioridade dos três principais jornais engajados no golpe de 2016, Folha, Globo e Estado, que também agiram de forma coordenada para promover o regime militar de 1964, é encontrar luminares que repitam uma obviedade: que, "ao contrário do que a presidente Dilma Rousseff afirmou, impeachment não é golpe por estar previsto na Constituição"; trata-se, mais uma vez, de uma tentativa rasteira de manipulação da opinião pública, uma vez que Dilma sempre disse que o impeachment é um instrumento previsto na Constituição; no entanto, ele apenas se torna legítimo quando os responsáveis pelo processo são capazes de apontar o crime de responsabilidade cometido pela presidência da República – o que nem as famílias Frias, Mesquita ou Marinho fizeram até agora
Nunca é demais lembrar que o golpe conduzido por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com apoio da oposição e de diversos parlamentares acusados de crimes gravíssimos, tem como fundamento as chamadas "pedaladas fiscais" – algo que, como diz Delfim Netto neste domingo, ocorre no Brasil desde D. João VI.
Folha, Globo e Estado, que colaboraram com o golpe militar de 1964 e agora articulam o "golpe institucional" de 2016, são incapazes de demonstrar um ponto singelo: qual foi o crime de responsabilidade cometido pela presidenta Dilma Rousseff.
Enquanto isso não ocorrer, o impeachment, ainda que mascarado pela legalidade, não poderá ser chamado de outra coisa, a não ser o que efetivamente é: um golpe contra a democracia, apoiado por meios de comunicação que deveriam, em tese, defendê-la
Quem é a 'entrevistadora' de Celso de Mello no shopping
Ana Cláudia, que gravou uma entrevista com o ministro do Supremo Celso de Mello dizendo que impeachment não é golpe, estampa as redes sociais com mensagens fascistas contra o governo Dilma Rousseff e até o relator da Lava Jato na Corte, Teori Zavascki, e fotos ao lado de Ronaldo Caiado em manifestações pró-golpe
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