Está claro que o vice-presidente da República, Michel Temer, ao retirar o apoio do PMDB ao governo, declara guerra à própria presidenta. Se tivesse hombridade, ele é quem deveria renunciar.
O vice-presidente Michel Temer deveria
renunciar. A presidenta Dilma não precisa de um vice que conspira contra
ela a céu aberto.
O governo não precisa de um vice que se enclausura na residência oficial e só sai de lá para cumprir compromissos seus.
O brasileiro mais simples já comenta em
seus círculos que Temer só aceitou ser vice de Dilma pensando em usurpar
o poder. Como questionou ontem um amigo na porta de um boteco: “Se ele
quer retirar o apoio do seu partido ao governo agora, por que aceitou
ser vice em 2014?”
Eu respondo: porque o Temer não tem
voto. Os 54 milhões que elegeram Dilma vão cair em seu colo.
Naturalmente ele não fez mais do que conspirar com o Cunha e o Renan.
Desde a melancólica carta escrita para a
Dilma, Temer não fez mais nada além de se encontrar com oposicionistas e
adversários declarados do PT e do governo.
Tivesse ele um pouco de hombridade renunciaria.
Admitiria numa carta tão melancólica
quanto a que escreveu há alguns meses que não tem condições de continuar
ocupando o cargo de vice-presidente.
Mas o que o Temer quer é poder e assumir
o lugar da Dilma valendo-se das patranhas que figuras do seu partido
armaram para inviabilizar o governo Dilma.
No reduto eleitoral de Temer ele não
teria votos para chegar à presidência. Melhor é espiar os votos da Dilma
como a raposa espiava as uvas, na fábula de Esopo.
Certo de que, sem o apoio do PMDB, que deixará o governo, Dilma será afastada neste processo de impeachment armado ardilosamente, Temer espera o cacho de uvas cair em sua boca.
Se a Dilma não cair, as uvas também não cairão. E o Temer vai dizer que jamais conspirou.
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