A entrevista bombástica de empresário Joesley
Batista à revista Época, do grupo Globo, fez o Brasil inteiro saber que o
golpe parlamentar de 2016 instalou no poder o "chefe da maior e mais
perigosa organização criminosa do País"; ou seja: o Brasil trocou uma
presidente honesta, sobre quem não paira uma única acusação de
corrupção, pelo governo mais corrupto e mais vergonhoso da história do
País; desnecessário dizer como o papel da Globo, que convocou protestos e
panelaços, além de ter mobilizado todos os seus colunistas, foi
decisivo nesse processo; com o Brasil arruinado econômica e moralmente, a
Globo tem, agora, a oportunidade de se redimir pelos seus erros e pedir
desculpas a Dilma
O resultado está aí: o Brasil mais do que dobrou a taxa de desemprego, o PIB encolheu 10% em três anos, o país virou piada internacional, líderes globais se recusam a pisar em solo brasileiro e o golpe parlamentar de 2016 instalou no poder aquele que, segundo o empresário Joesley Batista, é o "chefe da maior e mais perigosa organização criminosa do País".
O seja: o Brasil trocou uma presidente honesta, sobre quem não paira uma única acusação de corrupção, pelo governo mais corrupto e mais vergonhoso da história do País.
A Globo, que convocou protestos e panelaços, além de ter mobilizado todos os seus colunistas, foi decisiva nesse processo, que começou antes mesmo da derrota eleitoral tucana. Tudo teve início com os protestos de 2013 – a esse respeito leia Joesley e a Globo, de Leandro Fortes.
Com o Brasil arruinado econômica e moralmente, a Globo tem, agora, a oportunidade de se redimir pelos seus erros e pedir desculpas a Dilma. Quando apoiou o golpe de 1964, a Globo demorou 50 anos para pedir desculpas. Agora, há espaço para uma retratação mais célere.
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