O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu
fortemente a classe trabalhadora, neste domingo, durante evento de
posse da nova direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; “Querem
jogar a crise do país em cima dos trabalhadores e dos aposentados. Mas
nós temos que dizer a eles: ‘não tem que tirar direito de trabalhador e
aposentado. Temos que fazer a economia crescer, gerar emprego, aumentar
salários. Aí, a Previdência então vai dar conta”; disse Lula; “Antes,
toda desgraça era culpa do PT e da Dilma. Então, demonizaram o partido e
a presidenta, tiraram a Dilma, colocaram o Temer e o que aconteceu? Aí
que a desgraça tomou conta deste país"
Lula recordou a importância histórica do sindicato dos metalúrgicos e de sua luta pela democracia no Brasil. “O país que estão oferecendo a você, Wagner (Santana, novo presidente do Sindicato), é um país que vai exigir de você muitas noites acordados. E um metalúrgico não pode fechar os olhos enquanto a gente não reconquistar o direito de andar de cabeça erguida neste país, enquanto não reconquistarmos a cidadania que já tivemos”, afirmou o ex-presidente da República, que falou também sobre a retirada da presidente eleita, Dilma Rousseff, de seu cargo:
“Antes, toda desgraça era culpa do PT e da Dilma. Então, demonizaram o partido e a presidenta, tiraram a Dilma, colocaram o (Michel) Temer e o que aconteceu? Aí que a desgraça tomou conta deste país."
Também presente no evento, a recém eleita presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, proferiu discurso em consonância com as palavras de Lula. “Vocês (sindicalistas) podem se orgulhar de ter dado ao país a maior liderança popular que o Brasil já teve. O Brasil não precisa de reforma trabalhista, de reforma previdenciária. O Brasil precisa de emprego, de crescimento, de consumo. Precisa de um governo que olhe para o povo”, resumiu a parlamentar.
Já o novo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, afirmou que a luta da entidade que preside “não é só por nós, pela nossa categoria, é por todos os trabalhadores”. Ele disse ainda:
“Eu tenho certeza que essa categoria não abrirá mão dos direitos garantidos em lei. Que país é esse onde se propõe uma volta quase à escravidão, onde se quer permitir que o trabalhador rural possa ser remunerado não com salário, mas com casa e comida? Minha luta hoje é pelo direito dos outros, dos meus filhos, assim como meu pai lutou pelos meus direitos e meus filhos hão de lutar pelos direitos dos meus netos.”
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