Gostemos ou não dos Estados Unidos não há como contestar que é um país democrático. Nunca houve uma ditadura por lá. De democracia eles entendem.
Dizia a notícia que o líder republicano ainda não anunciou o projeto de Trump em sua totalidade e quatro senadores do seu partido já tinham objeções ao texto.
E ninguém os pressionou a mudarem de opinião. Seja seus líderes ou o líder máximo da nação.
Em outras palavras: não é porque o projeto foi elaborado pelo governo, que é republicano, todos os senadores republicanos têm que votar em bloco a favor.
Ninguém interfere na liberdade de pensamento dos senadores.
Quanta diferença com o modelo brasileiro! Aqui, a reforma trabalhista tem que ser aprovada às cegas, tal como veio da Câmara e os senadores não podem dar um pio.
Isso os desmoraliza e os transforma em vaquinhas de presépio, em vassalos do rei.
Se o senador não pode pensar por si seu mandato perde a razão de ser.
As pressões não vêm só da liderança. O próprio presidente atua para retaliar os dissidentes, ignorando a constituição que estabelece a harmonia e a independência entre os três Poderes.
E negocia cargos em troca de votos, deixando bem claro que não quer que o senador vote por convicção e sim por imposição.
Em vez do diálogo, do debate democrático, do livre pensar, o que prevalece é a lei do tacão, a chantagem, a intimidação.
Ou o sujeito vota o que o presidente quer ou seus indicados perdem os cargos que ganharam.
Temer tenta, dessa forma, impor o pensamento único, primeiro em seu partido, depois em toda a nação, o que é a base de um regime autoritário.
Temer age cada vez mais como ditador
Nenhum comentário:
Postar um comentário