Se o prazo da Anvisa (órgão regulador) para registrar produtos médicos no Brasil tem caído, o tempo médio de espera para liberar a entrada de importados piorou em 2017.
Os atrasos têm ocorrido principalmente em terminais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas chegam a ter espera de um mês, segundo a Abraidi, associação de implantes médicos.
"A empresa importadora é que paga pela armazenagem do produto", diz Gil Pinho, conselheiro da associação.
Esses gastos representaram US$ 197 milhões [R$ 643 milhões] em 2016, calcula a Aliança Brasileira da Indústria da Inovação em Saúde, que reúne entidades do setor.
O prazo de espera tem alta volatilidade: quando a fila de um local se agrava, a Anvisa desloca fiscais de outros Estados temporariamente.
Quando estes retornam a seus postos, a fila volta a subir -uma operação "tapa-buraco", diz o presidente da Interfarma (que representa farmacêuticas), Antônio Britto.
Isso dificulta a logística das empresas, avalia Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Abimo (associação de equipamentos médicos).
"Além da armazenagem, há um custo com estoques para evitar desabastecimento."
Desde 2015, a Anvisa reformula processos para agilizar a liberação, afirma o órgão, em nota. Ainda este ano, a agência prevê um novo sistema para que itens de baixo risco sanitário sejam aprovados automaticamente.
Com informações da Folha de S.Paulo
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