Segundo a PF, desde maio do ano passado, diversas torres de transmissão de energia, voltadas para o atendimento das atividades desenvolvidas pela empresa Vale na região, foram alvo de ataques de criminosos que desparafusavam as bases das torres, deixando-as prestes a cair. Em seguida, eles entravam em contato com um funcionário da área de segurança da Vale, indicavam as torres atacadas e exigiam quantias que chegavam a R$ 15 milhões para parar com os ataques.
A investigação foi iniciada pela Polícia Civil e assumida pela Polícia Federal depois da constatação de que os mesmos indivíduos foram responsáveis pelo ataque à Estrada de Ferro Carajás, em 19 de outubro de 2016, mediante a detonação de explosivos que causaram danos à estrutura da estrada de ferro, o que atraiu o interesse da União.
Os crimes investigados são os de extorsão, explosão, perigo de desastre ferroviário, atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública e fabricação de artefato explosivo. Somadas, as penas ultrapassam 30 anos de reclusão. O nome da operação tem origem no latim extortore, que em português significa extortor, ou seja, aquele que pratica extorsão.
A Vale informou que seu papel foi fornecer informações à Polícia Federal nos últimos meses, em função da gravidade dos atos de sabotagem cometidos contra a empresa. "A Vale vai continuar colaborando com as investigações da Polícia Federal e ressalta o trabalho profissional e competente da PF ao longo desta investigação", diz a empresa, em nota.
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