9.28.2018

"O Ódio Como Política"

‘Mulheres estão na vanguarda da luta contra o fascismo no Brasil’

Esther Solano fala do livro "O Ódio Como Política"

KENNEDY ALENCAR
A socióloga Esther Solano, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), avalia que há risco de fascismo no Brasil. “Sem dúvida”, ela respondeu a uma pergunta feita no contexto de se seria possível falar dessa ameaça, já que o termo “fascista” tem sido muito usado no país.
Nas palavras de Solano, há políticos que fazem um “discurso claramente fascista”. Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência, está entre eles. Tem prosperado um tipo de política que mobiliza o ódio, diz a socióloga.
Solano considera que o movimento de mulheres contra Bolsonaro “é extraordinário” e “tem potencial de criar uma certa frente contra o fascismo”. Segundo ela, as mulheres tem sido muito atacadas nesta eleição presidencial, especialmente num país patriarcal como o Brasil.
A socióloga afirma que as mulheres estão “na vanguarda da luta contra o fascismo”. Ela acha simbólico tal movimento diante da dificuldade das mulheres para entrar na política partidária-eleitoral no país.
Ouça abaixo, a partir de 11 minutos e 40 segundos, a entrevista de Esther Solano ao “Jornal da CBN -2ª Edição, concedida hoje para falar a respeito do livro “O Ódio Como Política”, obra da Bomtempo Editorial organizada por ela.


Comentários
11
  1. BRAGA-BH disse:
    Gostaria que este movimento não se limitasse apenas a este período pre eleitoral. Seria muito bom que as mulheres, indiferente de cor, raça, religião ou opção sexual colocassem em mesa aquilo que pensa, aquilo que desejam, aquilo que almejam em toda a vida pública do país!
  2. Jonas disse:
    O futuro é feminino, já que o masculino tem um histórico de 5 milênios de tragédias que se repetem periodicamente.
    • João Grilo disse:
      É verdade…
    • walter disse:
      Exatamente caro Jonas, estão deixando de publicar comentários nesta pagina…o Grande problema, quando a Dna Esther Solano, tende para a esquerda em seus comentários, empoderando demais as possibilidades; agregando viés que as mulheres normais não se preocupam; para começar o fascismo, esta nos extremos, não importa, se a esquerda ou direita, o sectarismo, não agrega valores para ninguém; quando cita o Bolsonaro, esta impingindo uma imagem irreal, tenta enxergar no homem, um monstro que não existe; não cita a tentativa de assassinato, sua esposa e filha…tenta desconstruir, uma imagem forte, que o País almeja, ou aí sim, teremos a volta da ditadura…aliás, que começou o nós contra eles, foi o PT; deveria ser pelo menos lembrado neste livro; tentaram influenciar mulheres a não votar no capitão; hj existem grupos femininos, promovendo a campanha do candidato…seremos um País democrático de fato…
  3. Lucas TB disse:
    Realmente, este movimento é sensacional e me comove muito que homens também participem, como Chay Suede e tantos outros que já se manifestaram. Trata-se de um movimento legítimo. É algo realmente muito bom. Ele não.
  4. mariza disse:
    Concordo com a socióloga. No Brasil tem prosperado um tipo de política que motiva o ódio. A Ministra Carmem Lucia, teve a sua residência depredada por integrantes do MST e apoiadores do PT. O próprio Jair Bolsonaro foi vítima de atentado ocasionado pelo ódio da esquerda.
    O Juiz Sérgio Moro foi proibido de acessar a UFPR em dia que dava aula porque estavam fazendo um manifesto na UFPR em favor do Lula. Todo o autoritarismo dos alunos e professores Petistas fez com que o Juiz Sérgio Moro pedisse exoneração do cargo de Professor da UFPR.
    Ao contrário do que muitos pensam, o autoritarismo e a intolerância também está presente na esquerda.
    • Alberto disse:
      Corretíssimo cara sra/srta Mariza.Cumprimentos;.
    • Jonas disse:
      Só que a esquerda não prega sistematicamente o ódio e a violência como forma de “política”.
      Já a direita é cheia de gente que se auto-entitula “gente de bem” e que prega violência para todos que discordem deles.
      A esquerda não tem fetiche por armas e não fica posando para fotos com pistolas e fuzis.
      Bolsonaro já disse que “pelo menos 30 mil pessoas terão que morrer”, enquanto ninguém da esquerda, mesmo da extrema-esquerda, jamais falou algo semelhante.
  5. Lucas TB disse:
    Mariza, existem extremistas de direita e de esquerda. Os de ambos os lados certamente erram ao serem extremistas e agirem de forma exacerbada, embora eu tenha visto uma reflexão interessante de uma mulher negra recentemente num carro co Lázaro Ramos em que ela dizia que não queria ser livre, pois todos somos prisioneiros e temos que ser. Somos prisioneiros dos nossos corpos, da vida, dos nossos limites (que existem, sim, pois não podemos ir e voltar andando ao Japão ou voltar 10 mil anos no tempo, enfim) e de uma série de outras coisas.
  6. Cláudio Coelho disse:
    Salve Kennedy, sempre abordando os assuntos que estão em voga em nosso país com bastante equilíbrio.

Um comentário:

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

kennedy esqueceu de dizer que a presidenta Dilma no seu segundo mandato foi amarrada pelo Cunha com as pautas bombas e o Aécio com seus comparsas. Essa é a verdade.