Amostras grátis de medicações podem gerar custos maiores na prescrição
Publicado em 01/04/2008 Nova York – De acordo com um estudo longitudinal conduzido nos EUA, os custos não reembolsáveis das prescrições aumentam quando pacientes recebem amostras de medicações.
“Os médicos não devem inferir que só porque um paciente recebe amostras grátis ele não se preocupa com os custos da prescrição”, argumenta o autor Dr. G. Caleb Alexander da University of Chicago. As amostras podem funcionar, em alguns casos, como um alívio econômico para os pacientes e, em outros, como uma economia desnecessária.
Para avaliar o impacto das amostras grátis, os autores analisaram o componente doméstico do Medical Expenditure Panel Survey, de 2002 a 2004, conduzido pela Agency for Healthcare Research and Quality. Esse estudo de coorte incluiu 5.709 pacientes que usavam medicações prescritas, mas que não receberam amostras grátis por 6 meses.
Quatorze porcento dos pacientes (n=136) recebeu pelo menos uma amostra grátis durante o período de análise. O odds ratio de receber a amostra decaiu com a idade e o aumento no preço. A prevalência de doenças crônicas foi maior entre aqueles que receberam amostras.
Antes das amostras serem dadas, as despesas não diferiram significativamente para cada grupo. Contudo, a média de despesas não reembolsáveis pulou de $178 para $244 quando um grupo recebeu as amostras (p<0,001) e permaneceu alta em $212 depois que as amostras foram dadas.
Há muitas estratégias que os médicos e pacientes podem usar para reduzir os custos da prescrição, e o uso de amostras grátis é, provavelmente, menos efetivo, a longo prazo, do que outros métodos, como o uso de genéricos e a descontinuação de medicações supérfluas. É um desafio para médicos e pacientes descobrirem um caminho comum nessa questão.
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