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Um dia, a Mulher solitária e atormentada chegou ao Céu e, rojando-se, em lágrimas, diante do Eterno Pai, suplicou:
_ Senhor, estou só! Compadece-te de mim.
Meu companheiro fatigado, cada dia, pede-me repouso e devo velar-lhe o sono! Quando triunfa no trabalho, absorve-se na atividade mais intensa e, muita vez distraído, afasta-se do lar, aonde volta somente quando exausto, a fim de refazer-se. Se sofre, vem a mim, abatido, buscando restauração e conforto...
Tu que deste flores ao arvoredo e que abriste as carícias da fonte, no seio escuro e ressequido do solo, consagras-me, assim, ao insulamento? Reservas a terra inteira ao serviço do homem que se agita livre e dominador, sobre montes e vales, e concedes a mim apenas o estreito recinto da casa, entre quatro paredes, para meditar e afligir-me sem consolo? Se sou a companheira do homem, que se vale de mim para lutar e viver, quem me acompanhará na missão a que me destinas?
O Senhor sorriu, complacente, em seu trono de estrelas fulgurantes e, afagando-lhe a cabeça curvada e trêmula, falou compadecido:
-Dei o mundo ao homem, mas confiarei a vida ao teu coração.
Em seguida colocou-lhe nos braços uma frágil criança.
Desde então, a Mulher fez-se Mãe e passou a viver plenamente feliz.
Meimei
Gosto de estar sempre de bem com a vida.
Então: "Se for pra esquentar, que seja no sol;
Se for pra enganar, que seja o estomago;
Se for pra chorar, que se chore de alegria;
Se for pra mentir, que seja a idade;
Se for pra roubar, que se roube um beijo;
Se for pra perder, que se perca o medo;
Se for pra cair, que seja na gandaia;
Se existe guerra, que seja de travesseiros;
Se existe fome, que seja de amor;
Se for pra ser feliz, que seja o tempo todo!!!"
FELIPE
Visitas indesejáveis
" Certo dia, um casal ao chegar do trabalho, encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram ladrões, ficaram assustados. Mas um homem forte e saudável com corpo de halterofilista disse:
- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.
- Mas quem são vocês? Pergunta a mulher.
- Eu sou a PREGUIÇA responde o homem másculo. Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.
- Como você pode ser a preguiça se tem um corpo de atleta que vive malhando e praticando esportes? Indagou a mulher.
- A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos. Com ela ninguém pode chegar a ser um vencedor.
- Uma mulher curvada, com a pele muito enrugada que mais parecia uma bruxa disse:
- Eu meus filhos, sou a LUXÚRIA.
- Não é possível! Diz o homem. Você não pode atrair ninguém com esta feiúra.
- Não há feiúra para a luxúria filhos. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens. Sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos até a morte. Sou astuta, e posso me disfarçar na mais bela mulher ou homem que você já viu.
- Um mal cheiroso homem, vestindo uns maltrapilhos de roupas que mais parecia um mendigo disse:
- Eu sou a COBIÇA. Por mim muitos já mataram. Por mim muitos já abandonaram famílias e pátria. Sou tão antigo quanto a luxúria, mas eu não dependo dela para existir. Tenho essa aparência de mendigo porque por mais bem vestido que me apresente, por mais rico que pareça, com jóias, dinheiro e carros luxuosos, ainda assim, me verás desta forma. Porque a cobiça está tanto dentro do pobre quanto do rico.
- E eu sou a GULA! Disse uma lindíssima mulher, com o corpo escultural e cintura finíssima, seus contornos eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de formas e movimentos.
Assustaram-se os donos da casa, e a mulher disse:
- Sempre imaginei que a gula fosse gorda!
- Isso é o que vocês pensam. Responde ela. Sou bela e atraente, porque se assim não fosse, seria muito fácil livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta. Quem tem a mim não se apercebe. Mostro-me sempre disposta a ajudar àqueles que querem fazer regimes, mas na verdade faço tudo ir de maneira sutil. Destruo o prazer de viver e destruo a beleza do corpo. Também por mim muitas famílias destruíram-se em busca da luxúria.
- Sentado em uma cadeira, num canto da casa, um senhor também velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e movimento suave disse:
- Eu sou a IRA! Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem nem mulher assim como meus companheiros que estão aqui.
- Ira? Parece mais um vovô que todos gostaríamos de ter, diz a dona da casa.
- E a grande maioria me tem, responde o vovô. Mato com crueldade. Provoco brigas horríveis que destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim. Posso estar em qualquer lugar, e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para mostrar-lhes que a ira pode estar aparentemente mansa. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas, sem me manifestar, provocando úlceras, cânceres, e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a INVEJA! Faço parte da história do homem desde a sua aparição. Diz uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.
Como inveja se és rica e bonita e parece ter tudo o que deseja? Disse a mulher da casa.
- Há os que são ricos; os que são poderosos; os que são famosos; e os que não são nada disso. Mas eu estou entre todos. A inveja surge pelo que não se tem, e o que não se tem é a felicidade. Pois felicidade depende de amor, e isso é o que mais carecem na humanidade. Por causa de mim muita destruição já houve, mortes e sofrimento. Onde eu estou, está também a tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto que aparentava cerca de 5 a 6 anos, brincava pela casa. Sorridente e de aparência inocente, características das crianças. Sua face de delicados traços mostrava a plenitude da juventude. Olhos vívidos e enigmáticos parecia estar alheio aos acontecimentos. Quando foi indagado pelo dono da casa:
- E você garoto? O que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
- O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo:
- Eu sou o ORGULHO!
- Orgulho? Mas você é apenas uma criança, tão inocente quanto todas as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assusta o casal, e então ele disse:
- O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo. Mas não se enganem, sou tão destrutivo quanto todos aqui. Quer brincar comigo?
A preguiça interrompe a conversa e diz:
- Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas. Queremos uma resposta.
O homem da casa responde:
- Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se dirige para seu quarto, e lá fazem várias considerações. Dez minutos depois retornam.
- Então? Pergunta a gula.
- Ante expectativa geral respondem: Queremos que o orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém, respeitando a decisão, dirige-se para a saída.
Os outros, em silêncio, iam acompanhando o garoto, quando o homem da casa pergunta:
- Hei! Vocês vão embora também?
O menino, agora com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz:
- Escolheram que o orgulho saísse de suas vidas, e fizeram a melhor escolha...
Pois onde não há orgulho, não há preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazer para viver, não percebendo que na verdade vegetam.
Onde não há orgulho, não há luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e julgam-se merecedores de possuir os corpos de tantos quantos lhes convir, não percebendo que na verdade são objetos do instinto.
Onde não há orgulho não há cobiça, pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos do dinheiro.
Onde não há orgulho não há gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições, e jamais admitem que o são. Arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo que na verdade são marionetes dos desejos.
Onde não há orgulho não há ira, pois os irosos se orgulham de não serem passíveis e jamais abaixam a cabeça diante de qualquer situação. São incapazes de permitir que a vida lhes proporcione lições de aprendizado, e se revoltam com facilidade com aqueles que, segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na verdade sua ira é resultado de suas próprias imperfeições.
Onde não há orgulho não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio, seja ele qual for. Precisam constantemente superar os demais nas conquistas. Não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança e da falta de amor à vida. Adeus!
Saíram todos sem olhar para traz. E ao baterem a porta, um fulminante raio de luz invadiu o recinto".
João Batista Armani
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Logo após a 2ª Guerra Mundial, um jovem piloto inglês experimentava o seu frágil avião monomotor numa arrojada aventura ao redor do mundo.
Pouco depois de levantar vôo de um dos pequenos e improvisados aeródromos da Índia, ouviu um estranho ruído que vinha de trás do seu assento. Percebeu logo que havia um rato à bordo e que poderia, roendo a cobertura de lona, destruir o seu frágil avião.
Poderia voltar ao aeroporto para se livrar de seu incômodo, perigoso e inesperado passageiro. Lembrou-se, contudo, de que os ratos não resistem a grandes alturas. Voando cada vez mais alto, pouco a pouco, cessarem os ruídos que quase punham em perigo a sua viagem.
Se o ameaçarem destruir por inveja, calúnia ou maledicência, VOE MAIS ALTO...!!! se o criticarem, VOE MAIS ALTO... se fizerem injustiças a você, VOE MAIS ALTO!! Lembre-se sempre que os "ratos" não resistem às alturas.
desconheço o autor
O guardião do mosteiro
Certo dia, num mosteiro, com a morte do guardião, foi preciso encontrar outro que o substituísse. O grande Mestre, então, convocou todos os discípulos para descobrir quem seria a nova sentinela.
O Mestre, com muita tranqüilidade, falou:
Assumirá o posto o monge que conseguir resolver primeiro o problema que eu vou apresentar.
Então ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo.
E disse apenas:
-Aqui está o problema! Todos ficaram olhando a cena:
O vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro!
O que representaria? O que fazer? Qual o enigma?
Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e ...Zapt!... destruiu tudo, com um só golpe.
Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:
- Você é o novo Guardião. Não importa que o problema seja algo lindíssimo.
Se for um problema, precisa ser eliminado.
Um problema é um problema, mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou.
Por mais lindo que seja ou tenha sido, se não existir mais sentido para ele em sua vida, deve ser suprimido.
Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam espaço - um lugar indispensável para criar a vida.
Os orientais dizem:
- Para você beber vinho numa taça cheia de chá, é necessário primeiro jogar fora o chá para, então, beber o vinho. Ou seja, para aprender o novo, é essencial desaprender o velho.
Limpe a sua vida, comece pelas gavetas, armários até chegar às pessoas do passado que não fazem mais sentido estar ocupando espaço em sua mente.
Vai ficar mais fácil ser feliz.
Fonte: Momento Espírita
“Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, porque cada pessoa é única para nós e nenhuma substitui a outra.Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai sozinho, nem nos deixa só.Leva um pouco de nós mesmos e nos deixa um pouco de si mesmos.Há os que levam muito, mas não há os que não levam nada.Há os que deixam muito, mas não há os que não deixam nada.Esta é a mais bela realidade da vida, a prova tremenda de que cada um é importante e que ninguém se aproxima do outro por acaso.”Saint-Exupéry
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