Mulheres sofrem mais por causa dos hormônios.
Tratamentos devem se adequar aos momentos
Rio - Se você já sentiu uma dor de cabeça que não lhe deixa fazer nada, atenção: esta pode ter sido a sua primeira manifestação de enxaqueca.
Rio - Se você já sentiu uma dor de cabeça que não lhe deixa fazer nada, atenção: esta pode ter sido a sua primeira manifestação de enxaqueca.
A doença genética atinge homens e mulheres, mas são elas as maiores vítimas — e em todas as fases da vida. Por isso, cada momento exige um tratamento individualizado.
A enxaqueca é uma doença química e crônica que provoca dor, geralmente latejante, na região da testa e nas têmporas e piora se a pessoa fizer esforço físico. Porém, antes que ela se manifeste, é possível perceber alguns sinais de alerta.
Segundo o neurologista especializado em dores de cabeça, Abouch Krymchantowski, “independente da fase da vida, febre alta, dor com o pescoço rígido, com vômito ou com alterações na visão indicam a chegada da dor da enxaqueca”.
Existem vários fatores que fazem as crises de dor se manifestarem no portador de enxaqueca. Certos alimentos e bebidas, como chocolates, itens com corantes artificiais ou em conserva; além de componentes emocionais, estresse e mau sono, podem gerar a dor de cabeça.
Entretanto, em comparação ao homem, a mulher apresenta um agravante: a oscilação hormonal. A variação dos níveis de estrogênio no sangue fazem com que, desde a puberdade, a mulher portadora de enxaqueca possa apresentar dores no período pré, durante e após a menstruação.
Aquelas que usam pílulas anticoncepcionais são ainda mais propensas às crises, já que no intervalo entre as cartelas do remédio, a quantidade de estrogênio no sangue cai mais bruscamente.
Por causa das mudanças que acontecem ao longo da vida da mulher, o tratamento da enxaqueca deve levar em conta todas as suas diferentes fases: período fértil, gravidez, amamentação e menopausa.
“As mulheres em idade fértil, grávidas ou amamentando não podem usar os mesmos medicamentos que as não mais férteis”, afirma Abouch.
O cuidado é fundamental para que a terapia possa ser eficiente e não haja efeitos colaterais. A automedicação, principalmente com o uso de analgésicos, não é recomendada. “Na mulher, ela pode causar distúrbios transitórios ou permanentes de fertilidade”, afirma o neurologista
.“Quando a dor de cabeça passa a se manifestar pelo menos uma vez por semana, de forma realmente incômoda ou incapacitante, é a hora de procurar um médico. Dor muito intensa em quem não não costumava ter antes, também é motivo de preocupação”, alerta Abouch.
CRISES NAS DIFERENTES FASES
INFÂNCIA Crianças portadoras de enxaqueca, quando manifestam dores é devido a influência de hábitos alimentares não regrados e exageros de alimentos com corantes artificiais. “Porém o peso da alimentação ainda é muito pequeno”, diz Abouch.
IDADE FÉRTILO fator hormonal é um dos deflagradores da crise de enxaqueca. Devido à oscilação constante da quantidade do hormônio estrogênio no sangue, nesta fase a mulher tem crises mais intensas que “vão e vem” por vários dias, principalmente durante a menstruação. GRAVIDEZ E LACTAÇÃOÉ possível que a mulher tenha a primeira crise durante a gravidez. Porém, o contrário também é possível. “O alto nível dos hormônios da gravidez, evitam as crises”, diz Abouch.
MENOPAUSAPor causa dos baixos níveis de estrogênio e da queda da oscilação, a frequência da dor diminui. Entretanto, as mulheres que, nesta fase fazem reposição hormonal podem apresentar piora das dores.
O Dia
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