Redes de farmácias e drogarias do país poderão voltar a vender produtos que não têm relação com a saúde, como refrigerantes, isqueiros e pilhas.
A decisão, em caráter liminar, é do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Ari Parglender, que deu ganho a um pedido feito pela Abrafarma e pela Febrafar, associações que reúnem as maiores redes de farmácias do país.
Ele entendeu que a decisão judicial anterior, que dava razão à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), estava errada ao argumentar como motivo para o veto à venda de produtos de conveniência o combate da automedicação, já que não haveria relação entre uma coisa e outra.
Posteriormente, o STJ ainda irá julgar o mérito da questão, mas não há previsão de data para que isso ocorra. A Anvisa já anunciou que vai recorrer.
A agência decidiu proibir a venda de produtos típicos de lojas de conveniência em farmácias e drogarias no ano passado, com o argumento de que os estabelecimentos deveriam funcionar apenas como locais de "promoção à saúde".
Na ocasião, a agência também determinou que apenas medicamentos fitoterápicos, dermatológicos e substâncias mais simples, como bicarbonato de sódio, pudessem ficar à mão do consumidor.
Os outros medicamentos, mesmo sem exigência de receita, devem ficar atrás do balcão do farmacêutico. Essa regra foi mantida pelo STJ.
Folha de São Paulo
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